Luanda - Um major reformado das Forças Armadas Angolanas (FAA), que responde pelo nome de Castro Momo, 65 anos, está a ser acusado de abusar sexualmente três adolescentes, duas de 14 e uma de 11 anos, respectivamente, do Bairro Catraio, município do Kuito, província do Bié.
Fonte: Club-K.net
A denúncia foi feita por um dos pais das vítimas, que avança que a sua filha terá sido violentada após ter desaparecido de casa durante cinco dias e ser abusada supostamente por um cidadão das Forças Armadas Angolanas e outras duas na residência do mesmo, onde terá consumado o acto.
O pai acusa o suposto violador de ser portador do HIV-SIDA e que acto do género tem sido recorrente, ao mesmo tempo, desconfia de uma possível transmissão do vírus mortal.
“Algumas meninas já morreram por esta doença, ele é o principal causador das mortes delas”, contou.
Castro Moma encontra-se foragido, mas uma fonte garantiu ao Sem Censura que o mesmo está a residir na centralidade "Horizonte do Kuito", na quadra zero.
Suposto violador paga dois milhões de kwanzas para escapar da justiça
O pai da vítima, com o processo n.º 2045/24-A, contou ao portal “Sem Censura”, que o oficial das FAA não pagava as meninas, mas sim lhes ameaçava de morte com uma arma de fogo e farda das Forças Armadas Angolanas.
“Olha senhor jornalista, o tal cidadão está livre porque pagou ao tribunal a caução no valor de quinhentos mil kwanzas, ao juiz de garantia, Geovrick Jorge Geraldo José, pagou um milhão e trezentos mil kwanzas e para os seus advogados quinhentos mil kwanzas”, revelou.
Lembrou igualmente que por conta deste dilema, a sua filha de 14 anos foi obrigada a viajar para província vizinha em busca de tratamentos psicológicos.
O Sem Censura tentou por muitas vias contactar o juiz acusado de ter recebido dinheiro, mas sem sucesso.
Governadora do Bié solidariza-se com as vítimas
O Club-K apurou que, a governadora do Bié, Celeste Elavoco David Adolfo, visitou na manhã desta terça-feira, 26, as crianças vítimas do abuso sexual, ocasião que serviu para manter um encontro breve com os familiares, onde ofereceu bens de primeira necessidade.
As crianças de 13 e 14 anos de idade, ouviram da Governadora palavras de conforto diante do lamentável acontecimento que abalou a sociedade do Bié.
A Governadora Celeste Adolfo, mostrou-se preocupada com o ocorrido, tendo condenado veementemente acções do género e apelado à comunidade a ser vigilante com as crianças e denunciarem tais práticas com vista a acabar com o fenômeno da violência sexual no seio das famílias.