Luanda - O Executivo decidiu assaltar a honra dos militares. Pisotear a sua dignidade. Tirar a vaidade aos Generais das FAA reformados. Encurtou o seu ordenado. Cortou-lhes direitos e privilégios. Hoje a diferença entre um General das FAA e um "Postura” é mínima. E quem é o “Postura”? É o agente da Polícia Nacional que patrulha as ruas da cidade com uma Kalashinikov em punho e de estômago vazio. Com um ar enfezado. Farda já surrada. Que não enverga a farda, a farda é que o enverga de tanta magreza. O seu salário nunca chega para nada. Quando chega a casa não tem o que comer. O postura é aquele que quando tem a oportunidade de saborear uma loirinha estupidamente gelada na rua canta e dança em alegre folguedo para espantar os seus males.
Fonte: Club-k.net
Como ia dizendo. Os Generais das FAA estão a passar mal. Quem de direito está a borrifar-se para tal. Os Generais estão a ser tratados como quaisquer. Estão a sofrer calados. Murmuram com amigos em tertúlias privadas por sequer terem mais dinheiro para passar o final de semana em Lisboa ou levarem a família a um restaurante durante o final de semana como antes. Nicolau Sebastião da Conceição “Kudijimbe” é General das FAA na reforma. Lamuriou em declarações a um podcast que a sua vida está difícil. Que vive em condições pouco dignas. Que anda de táxi por não ter sequer uma trotinete. “Kudijimbe” é o porta-voz de todos os Generais angolanos candidatos a mendigos.
Manuel Pacas é conhecido como General Pacas. Também está na reserva. Volte e meia, meia volta, aparece nas Redes Sociais a zurzir no Executivo e a chorar com os olhos secos devido as actuais condições sociais e económicas do País. Quando o faz chora intensa e emotivamente com os olhos secos. Causa dó ver um “vovô” General chorar de forma convulsiva feito uma criança que perdeu a sua bola de trapo. Uma coisa é certa e segura: Os Generais das FAA estão a ser alvo de desprezo. Abandalhados. Tratados sem respeito e dignidade. Com leveza e imprudência. O anexim é portucalense: Quem muito se abaixa…!
Post Scriptum - Morreu a tia Domingas Diá Bom-Moço. Era genetriz do jornalista Horácio Pedro Cambole e do Oficial Superior da Marinha de Guerra de Angola João Cambole e outros. Sogra da dona Joana Manuel. A tia Domingas nunca fechou a porta sempre que, naqueles tempos dos nossos tempos, eu, os finados jornalistas Januário Tancredo, Jorge Pilartes e António Muachilela precisássemos de “asilo político” lá na sua casa no Golfe II. Havia sempre sopa para todos. Onde comia um, comiam dois. Íamos lá parar alegre e despreocupadamente a bordo do Tico cor de vinho do seu “menino” Horácio Pedro. Gratidão, Ngana Domingas! Sou também grato ao seu saudoso consorte, ti Pedro. Recebia-nos sempre de braços abertos e sorriso rasgado no seu vasto quintal. Nga Petelo! Nesta hora de nojo e dor, ensejo à família Cambole os meus sentimentos de solidariedade.