Luanda - O Presidente da República de Angola presidiu ontem à inauguração da Casa do Kwanza, situada na Zona Económica Especial, uma infraestrutura estratégica para a modernização da economia nacional. Durante a visita, o chefe de Estado respondeu a várias questões colocadas pela imprensa, abordando temas importantes relacionados à estabilidade da moeda, ao combate à corrupção e ao desenvolvimento económico do país.

Fonte: Club-k.net

Expectativas para o impacto da Casa do Kwanza na economia

Em resposta à Rádio Mais sobre as expectativas do Governo em relação ao impacto da Casa do Kwanza, o Presidente começou por expressar o seu contentamento pela inauguração da infraestrutura, no ano em que Angola comemora 50 anos de Independência. "Esta infraestrutura estava a fazer falta. As funções que ela irá desempenhar eram anteriormente realizadas em condições precárias, no próprio edifício central do Banco Nacional de Angola. E não se tratava apenas de uma questão de acomodação, mas sobretudo de segurança", afirmou o Presidente.

O chefe de Estado sublinhou que a proteção da moeda nacional é um fator crucial para a soberania do país e destacou que a nova infraestrutura, equipada com tecnologia de ponta, irá contribuir significativamente para melhorar a proteção do Kwanza e, consequentemente, a estabilidade da economia.

 

A estabilidade do Kwanza e os desafios económicos

Em relação à estabilidade da moeda, questão levantada pela Rádio Nacional de Angola (RNA), o Presidente afirmou que a situação económica do país e a força do Kwanza dependem da capacidade produtiva da economia. "Precisamos de trabalhar mais, precisamos de produzir mais. A estabilidade do Kwanza não depende de uma varinha mágica, mas sim daquilo que conseguimos produzir e oferecer ao mundo", disse. Ele acrescentou que, ao contrário de tempos passados, a taxa de câmbio agora é variável e reflete a dinâmica das economias de mercado, sendo influenciada por diversos fatores, como o Produto Interno Bruto (PIB).

 

A Casa do Kwanza e a luta contra a corrupção

Questionado sobre a relação entre a nova infraestrutura e a luta contra a corrupção e o branqueamento de capitais, o Presidente foi direto: "A corrupção não tem a ver com as instalações. O combate à corrupção depende da nossa vontade e determinação de erradicar este mal, que é global. O que é importante é que não haja impunidade", afirmou.

O Presidente lembrou que a corrupção existe em todos os países do mundo e, embora seja uma luta difícil e contínua, é essencial que os responsáveis por atos corruptos não escapem às punições. "A luta contra a corrupção não é fácil, mas é uma luta que deve ser levada a sério. O que é crucial é que as pessoas que forem apanhadas em flagrante não beneficiem de impunidade", concluiu o Presidente.