Luanda - Ah, mas que delírio! Como alguém poderia sequer cogitar uma coisa dessas? Eliminar o líder do maior partido da oposição? Jamais! Isso nunca aconteceu em parte alguma do mundo, muito menos na política angolana, que é um exemplo absoluto de fair play e respeito democrático.

Fonte: Club-k.net

Aliás, toda essa conversa sobre "desestabilização" e "atentados" não passa de uma tremenda peça de ficção. A UNITA que fique tranquila, pois a única coisa que pode acontecer é um reforço generoso de sabotagem no funcionamento normal do partido. Porque, sejamos honestos, se há algo que nunca falta em certos ambientes políticos é criatividade para dificultar a vida dos adversários.

Mas, claro, nada de alarmismo! Tudo dentro da mais pura doutrina da política, que de vez em quando dá um tom maquiavélico só para apimentar o jogo. Então, que os estrategas da UNITA afiem os dentes, reforcem a inteligência competitiva partidária e estejam prontos para jogar na defensiva e na ofensiva. Porque, de resto, é só mais um dia normal no paraíso democrático onde tudo corre às mil maravilhas – ou quase.


Angola: O País Onde Sabotar o Rival Vale Mais Que Governar Bem

Ah, Angola! Onde a burocracia não é apenas uma ferramenta administrativa, mas uma arma de guerra política. Aqui, a competição entre MPLA e UNITA não se faz com base em programas de governação ou soluções reais para os problemas do país, mas sim na capacidade de sabotar o adversário – mesmo que isso signifique arrastar Angola para o ridículo internacional.

Enquanto outras nações adoptam modelos de competição política mais eficazes, como debates de alto nível, transparência digital e participação cidadã activa, Angola insiste nas tácticas arcaicas de sempre. Aqui, não basta impedir o progresso do rival dentro do jogo político; é preciso ir além e bloquear qualquer iniciativa que possa trazer benefícios colectivos – nem que seja um evento de interesse nacional ou internacional. Se uma conferência promove valores e princípios que favorecem um adversário, então que se boicote! Se for necessário, que se criem obstáculos absurdos, que se retirem autorizações à última hora ou que se pressionem parceiros para desistirem.

O mais alarmante é que, nesta guerra irracional, não há limites. Não importa se o evento contribuiria para a reputação do país, para o seu posicionamento global ou para atrair investimentos. O importante é que o outro não tenha palco, mesmo que, para isso, se macule a imagem de Angola, um país cuja credibilidade já é difícil de construir. Num mundo onde as nações competem por reconhecimento e respeito, Angola distingue-se por ser mestra na autossabotagem.

E, claro, tudo isto acontece sob o olhar atento de uma administração pública marcada pelo excesso de zelo e pela burocracia extrema, onde até para obter um simples documento é necessário atravessar um labirinto de exigências absurdas. A política angolana não é feita para o cidadão, mas sim para a sobrevivência dos partidos no poder e dos seus interesses. Governar bem é secundário; o verdadeiro objectivo é garantir que o adversário não governe de jeito nenhum – ainda que isso custe o futuro do próprio país.