Luanda - A onda de escândalos financeiros nos órgãos do Estado também preocupa o arcebispo emérito do Lubango, Dom Zacarias Camuenho. Durante uma missa realizada na semana passada, criticou a falta de avanços na luta contra a corrupção e afirmou que o slogan da campanha eleitoral de João Lourençoem 2017, "Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, não foi colocado em prática.
Fonte: DW
"Chegamos a 2025, vemos que ainda há muita coisa má, muita mesmo, e por aquilo que disse no princípio, só os julgamentos que estão a decorrer já dizem que nós estamos um povo nem em paz, nem reconciliado, nem prontos", disse.
O arcebispo emérito apelou ao arrependimento e à conversão dos angolanos, face aos casos recorrentes de corrupção e ilegalidades nos órgãos públicos.
"Por tudo que vivemos, por tudo que ouvimos desses escândalos financeiros e nos lugares mais delicados, encontrarmos ainda pessoas que vendem vistos ou passaportes, tanta perversidade, e os próprios julgamentos mesmo que estão a decorrer um julgamento aqui em Luanda, outro julgamento lá no Huambo, o que isso revela? Escapamos da perversidade? Não, não escapamos da perversidade. Somos também uma geração, é uma geração que necessita de conversão”, concluiu.