Luanda - Não tenho muito a dizer sobre a comédia mal encenada do caso "60 Toneladas de Explosivo e o Golpe de Estado". Tudo começou mal. Muito mal mesmo. Parecia brincadeira de crianças. A TPA, como sempre, apareceu na fita para dar bandeira. Toda a gente percebeu a trapalhada. Sessenta toneladas de explosivo? E seguiram-se outras anedotas, com reportagens vergonhosas à mistura. Coisas de gente capaz de tudo para não perder o pão.
Fonte: Club-k.net
Não acredito que os militares aceitem essa história de golpe a partir do Huambo. Meia dúzia de pessoas iriam infiltrar-se em Luanda, atacar o Palácio Presidencial, a Embaixada dos Estados Unidos e outros pontos estratégicos para remover o Presidente João Lourenço do poder? Será que alguém com um pouco de juízo acredita nisto?
Mas a intenção é bem clara. Tudo foi desenhado para envolver o presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior. Para que ele não ficasse sozinho na fita, incluíram o presidente do Grupo Parlamentar, Liberty Chiaca e, para não serem apenas dois, foram buscar o Brigadeiro Kamy Pena, sobrinho de Savimbi.
Felizmente, tudo o que se disse no Huambo é fácil de desmontar. Mesmo o advogado menos experiente consegue demonstrar, por A mais B, que esta foi uma das encenações mais vergonhosas da história dos tribunais angolanos. Infelizmente, como sempre, escolheram novamente o Huambo para ser o palco da vergonha. Fizeram-no para reforçar a ideia de que os sulanos são traidores. Tal ideia acaba por ser confirmada pelo papel vergonhoso de alguns juízes da terra de Wambu Kalunga. Que vergonha!
Mas como sei que isto não tem pernas para andar, fico só por aqui!
Luanda, 24 de Março de 2025.
Gerson Prata