Benguela - A cidade de Benguela acolhe, desde terça-feira, a primeira reunião do Conselho Nacional e da Comissão de Fiscalização e Jurisdição do Bloco Democrático (BD) para, entre outros aspectos, analisar e aprovar o plano de actividades para o primeiro semestre de 2011, numa cerimónia presidida pelo líder do partido, Justino Pinto de Andrade.


Fonte: Angop



Durante o encontro, que se realiza no auditório da Rádio Benguela, e no qual participa o secretário-geral do BD, Filomeno Vieira Lopes, além de conselheiros e dirigentes dos secretariados de 14 das 18 províncias do país, está reservada à tomada de posse dos membros do Conselho Nacional do BD.




O presidente do BD, Justino Pinto de Andrade, que discursava na abertura do evento, avançou que essa reunião vai equacionar e traçar as linhas das actividades para os próximos seis meses, definir as balizas da acção e estudar o modo pelo qual o partido pode alcançar os objectivos.




Afirmou que da reunião deverão sair orientações claras para que os representantes do partido nas províncias passem bem a mensagem do BD, tendo em conta a vitória que o partido pretende alcançar no futuro.




Segundo o líder desta formação partidária, o BD quer fazer deste momento o lançamento da primeira pedra na luta pela conservação dos valores democráticos, razão pela qual os membros têm de ser capazes de atrair mais gente determinada à causa do formação política.




Justino Pinto de Andrade reconheceu que Benguela foi uma das províncias que mais contribuíram para sensibilizar e mobilizar a recolha de assinaturas, através das quais o partido político foi legalizado junto ao Tribunal Constitucional (TC).




Nessa senda, asseverou que com o esforço de todos será edificado um partido moderno e capaz de corresponder às aspirações do povo angolano.



O economista desdramatizou a ideia de que o BD esteja confinado a um pequeno grupo de intelectuais sedeados em Luanda e nas suas cercanias, anunciando que o partido se vai mostrar à altura das batalhas democráticas que se avizinham e será a força capaz de resgatar a esperança e o orgulho de “ser angolano”.



Apontou como prova disso o facto de o processo de legalização ter criado uma enorme solidariedade e recebido um contributo de todos os segmentos sociais no país, principalmente de jovens trabalhadores, estudantes e desempregados, que mais se bateram para dar existência legal a essa força política.



“Compete-nos nós, enquanto partido organizado, mobilizar as nossas populações para as batalhas políticas que visam proteger os seus direitos e garantir os seus legítimos interesses”, enfatizou.



De acordo com ele, o BD não pretende ser apenas um partido político em Angola, mas sim “ser o partido da esperança e que quer ganhar o coração do povo para com ele criar um futuro melhor”.



O presidente do BD, igualmente professor da Universidade Católica de Angola, frisou que o partido está a organizar e a estruturar-se para proporcionar ao povo condições de vida mais digna e justas, isto porque a formação política funda as suas raízes no humanismo e no progresso e está virado para o futuro, de maneira a satisfazer aos mais profundos anseios dos angolanos.



O encerramento da primeira reunião do Conselho Nacional do Bloco Democrático, previsto para esta quarta-feira, será antecedido de uma passeata motorizada e automóvel pelas principais artérias da cidade de Benguela.



O Bloco Democrático, legalizado como novo partido político angolano, por meio de um acórdão de 20 de Outubro deste ano do Tribunal Constitucional, resultou da extinção da Frente para Democracia (FpD), na sequência dos resultados obtidos nas eleições legislativas de 2008, com base na Lei Eleitoral vigente.