Luanda - São decorridos cinquenta anos, meio século, desde que os valorosos e destemidos Camponeses da Baixa de Kassanji deram o grito da liberdade, usando os seus direitos de reivindicação de melhores condições salariais e de vida.


Fonte: Club-k.net



images/stories/politica/abrigada%20fnla%20angola.jpgEsses heróis e suas famílias pagaram o preço mais alto e cruel: foram massacrados pelas hordas coloniais, a mando de Salazar e seus comparsas.



Foi um momento marcante e inolvidável na Luta de Resistência do Povo Angolano. Foi um sinal forte e um estímulo de grande valor para a REVOLTA PATRIÓTICA DO 4 DE FEVEREIRO DE 1961 e para o Monumental 15 de Março de 1961, data do Início da Luta Armada de Libertação Nacional.


Passados cinquenta anos, o que importa é que as gerações vindouras conheçam a verdade, respeitem, dignifiquem e honrem a memória dos HERÓIS DA BAIXA DE KASSANJI, e valorizem aquela região como um dos berços históricos da LUTA ARMADA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL.



Quanto a nós, FNLA, herdeira política e histórica da inesquecível e gloriosa UPA (União das Populações de Angola), continuamos a louvar e  a homenagear os HERÓIS DA BAIXA DE KASSANJI e o Militante e Patriota ANDRÉ ROSÁRIO NETO, Vice-Presidente da UPA, que teve a espinhosa mas nobre missão de orientar no terreno a revolta dos camponeses. E só fazemo-lo por razões morais e históricas. Não nos movem outras razões. Queremos tão-somente cumprir um dever militante e patriótico, relatando com verdade, rigor moral e intelectual os factos tais como eles aconteceram.



A Direcção da FRENTE NACIONAL DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA, em nome dos Militantes, Simpatizantes e Amigos, reitera o seu grito aos Órgãos de Soberania para que materializem a proposta de construção de um MONUMENTO AOS HERÓIS DA BAIXA DE KASSANJI, e valorizem sócio-economicamente a região que, para além das enormes potencialidades agrícolas, também possui recursos minerais preciosos.



A celebração do quinquagésimo aniversário da Grande Revolta Patriótica deveria ser marcada por realizações sócio-economicas e culturais dignas de registo e para o bem-estar das suas populações.


Finalmente, dirigimos a todos os sobreviventes da Revolta Patriótica da Baixa de Kassanji, em particular, e ao Povo Angolano, em geral, saudações especiais e patrióticas, e   que unamos sinergias para fazer de Angola um país novo, aberto, justo e democrático para todos os Angolanos, de Cabinda ao Cunene.



TODOS POR UMA ANGOLA,
UMA ANGOLA PARA TODOS!
LIBERDADE E TERRA!


Luanda, aos 3 de Janeiro de 2011.
A COMISSÃO POLÍTICA PERMANENTE