O Manifesto acrescenta que, como partido de massas e de quadros, o MPLA sempre defendeu, nos seus mais de 50 anos de existência, os valores da independência, da paz e da democracia, em que assentou a sua conduta a favor do povo angolano.

O Manifesto diz que, ao longo da sua história, o MPLA preservou a soberania nacional, defendeu a integridade das fronteiras de Angola e manteve as condições mínimas para o funcionamento das instituições do Estado. Garantiu, mesmo em situação de guerra, o desenvolvimento da economia e fortaleceu o processo democrático.

O Manifesto defende que os angolanos têm agora de construir o seu futuro, na base de um projecto nacional abrangente que enalteça o orgulho nacional e a auto-estima dos angolanos, que transforme Angola num país próspero e capaz de sustentar o seu desenvolvimento, proporcionando ao Povo os mais altos padrões de vida e de bem-estar social.

Com este projecto, diz o Manifesto Eleitoral, o MPLA estará em condições de concretizar o seu Programa Maior, anunciado há mais de 50 anos, reflectido numa verdadeira independência económica de Angola e dos Angolanos e na elevação do bem-estar das populações, através da satisfação das suas necessidades materiais e espirituais.

Para dar forma ao seu projecto nacional, que esteve no centro do debate político dos últimos meses, o MPLA identifica como principais aspirações dos angolanos a paz, a justiça, a democracia, a estabilidade social, a unidade nacional, a coesão nacional e a segurança interna; a eliminação da fome e da pobreza extrema, o emprego, o crescimento económico e a repartição justa do rendimento nacional; o desenvolvimento sustentável a longo prazo, o desenvolvimento humano e o bem-estar para os angolanos e o desenvolvimento harmonioso do território; a boa governação e a gestão transparente dos bens públicos; a transformação de Angola num país com futuro, respeitado pelos vizinhos, por toda a comunidade internacional e com uma inserção crescente na economia mundial.

No seu Manifesto Eleitoral, o MPLA considera que a concretização das aspirações dos angolanos deve ser feita de modo responsável, consistente e gradual, tendo em consideração as condições reais do país e o contexto regional e internacional em que está inserido, e sublinha que, com o fim da guerra em 2002, passos importantes têm sido dados no sentido da consolidação e reforço da paz, da reconciliação nacional, da democracia, da estabilidade macro-económica e da criação das bases para a edificação de uma economia nacional integrada e auto-sustentada.

Entre as metas que pretende atingir nos próximos quatro anos de governação, o MPLA coloca em primeiro lugar a eliminação da fome e da miséria.

A par deste objectivo considerado prioritário, segundo o Manifesto Eleitoral, o Governo do MPLA vai continuar a garantir a todos os angolanos o acesso à educação, à saúde, à energia eléctrica, à água potável, ao trabalho e à habitação condigna, e continuará a respeitar os anseios das mulheres e dos jovens à igualdade do género, ao emprego, à habitação, ao desenvolvimento profissional e académico.

Para atingir estes objectivos, o MPLA afirma ter elegido como eixos de governação para os próximos quatro anos a melhoria da qualidade de vida dos angolanos, a garantia do crescimento de forma sustentada, a consolidação da estabilidade política e o reforço da democracia, o reforço da capacidade institucional e a melhoria da governação e a elevação do prestígio de Angola a nível internacional.

Para quem acompanha o percurso deste partido há várias décadas, pode aí encontrar algumas das garantias de materialização das promessas inscritas no Manifesto Eleitoral do MPLA. Muitas das ideias que colocou como metas foram concretizadas.

*Director do Jornal de Angola
Fonte: JA