Lisboa -  Uma corrente de Deputados do MPLA tem sido vista  nos corredores da Assembléia Nacional a instigar  colegas da UNITA para que estes  levantem questões de injustiças  que os parlamentares do partido no poder  sentem-se  impedidos de o fazer para não serem penalizados.


Fonte: Club-k.net

Movidos pela falta de coragem

Um dos deputados do MPLA identificado com esta corrente é  António  Francisco Cortez também conhecido nas lides políticas em Luanda   por  “Escurinho” ou “Chico Adão”. Recentemente os parlamentares  viram-se forçados a   interromper  as suas férias porque o executivo precisava fazer aprovar uma lei.  De acordo a lei orgânica da Assembléia Nacional os deputados deviam retomar as actividades no dia 15 de Janeiro  mas foram convocados  a iniciar  no dia 5 do mês passado.


A corrente de deputado do MPLA teria reprovado a “falta de respeito” do executivo em te-los feito quebrar os dias de  férias mas não tiveram coragem de criticar.


Virgilio Fontes Pereira, o presidente da bancada do MPLA teria também manifestado o seu descontentamento embora nunca  tenha recorrido a UNITA para levantar o assunto, a semelhança da corrente de António Cortez. Virgilio fe-lo  no chamado fórum próprio apelando para “maior organização do executivo em termos de agenda”.


Um pormenor que se atribui ao grupo de deputados da linha de António Cortez é que nas plenárias da Assembléia Nacional revelam-se radicais  contra quem critica o regime do MPLA e suas respectivas políticas mas nos corredores são os mesmos que instigam os colegas da oposição a trazer a mesa casos de injustiças praticadas pelo regime angolano.


António Cortez ganhou a reputação de estar a usurpar o protagonismo graxista  do  seu colega deputado João Pinto. Em algumas ocasiões é aplaudido por um outro colega do MPLA, Botelho Vasconselo.