Luanda - Por ocasião do 37.º Aniversário do 25 de Abril, o Bloco Democrático, BD, rende homenagem ao Movimento dos capitães de Abril que derrubando o regime fascista português tornou possível coroar a longa resistência dos povos de Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e S. Tomé e Príncipe, protagonizado pelos Movimentos de Libertação e pelas forças democráticas portuguesas.


Fonte: Bloco Democratico


O Movimento das Forças Armadas, a 25 de Abril de 1974, ao libertar Portugal da ditadura fascista e da opressão monopartidária de Salazar-Caetano, representou o início de uma viragem histórica da Sociedade Portuguesa e do processo de transição para a independência dos povos então submetidos ao colonialismo português. Em certo sentido, e no que diz respeito aos Angolanos, foi também a resposta de dignidade do povo português ao apelo do povo Angolano lançado a 4 de Fevereiro e a 15 de Março de 1961!

 

O 25 de Abril restituiu aos portugueses os direitos e liberdades fundamentais e aos angolanos e demais povos colonizados o seu direito à Independência, não obstante, o modelo de transição adoptado para a independência pelos três Movimentos de Libertação Nacional, em Alvor, ter inviabilizado o estabelecimento da Paz e os fundamentos do renascimento Angolano.

 


Pois, a guerra fratricida que se iniciou mesmo antes do 11 de Novembro de 1975, o regime totalitário de partido único implantado pelo governo do MPLA durante a I.ª República, o governo militar instaurado depois da crise eleitoral de 1992 e o governo do fim da República inaugurado após as eleições fraudulentas de 2008, têm adiado as aspirações profundas do povo Angolano sintetizadas nos ideais do 25 de Abril que permanecem vivos na luta quotidiana dos angolanos pela paz, democracia participativa e desenvolvimento social.

 

Neste 25 de Abril o povo Angolano não pode deixar de apelar para os  ideais do 25 de Abril para que cada Angolano redobre esforços e aproveite todos os espaços para engrossar as fileiras dos democratas e empreendedores angolanos, dando sentido a condição de cidadãos.

 

Para o BD, o País tem de se libertar, com urgência, dos seus opressores e exploradores, pois Angola tem que cumprir a sua vocação de se tornar uma potência económica de dimensão atlântica que permita enriquecer material e espiritualmente todos os angolanos, o que é possível realizar, a curto prazo, se as riquezas deixarem de sair do País para alimentar as contas de apenas alguns dos seus dignitários e seus amigos no exterior.

 

LIBERDADE                         MODERNIDADE                           CIDADANIA

Gabinete de Comunicação e Informação do BD, Luanda, aos 25 de Abril de 2011

Luís do Nascimento (Coordenador)