Luanda –  A  desmarcação   das autoridades de Benguela  em não terem inicialmente   recebido o novo   embaixador dos Estados Unidos em Angola, Christopher McMullen, a quando a sua visita a aquela província, esta a ser justificada internamente  como tendo obedecido a uma  orientação do “aparelho de Inteligência”,   que procurou perceber o porque o  embaixador decidiu encontrar-se com um "único partido da oposição", neste caso a UNITA, na pessoa do seu Secretário local,  Victorino Nhani.


Fonte: Club-k.net

Diplomata americano foi retaliado

De acordo com a agenda da visita, o embaixador  Christopher McMullen, deveria reunir-se com o  Governador provincial de Benguela, as 14:30 do dia 9 de Maio, as 15:30  com os  responsáveis do MPLA na província e as 16:30, o diplomata americano iria se reunir com  os responsáveis da UNITA na província, liderados pelo seu  Secretário provincial.   As 7h da manha do mesmo dia, o gabinete do governador  reconfirmou a audiência com o embaixador, porém quando eram 13 horas, isto é,  uma hora antes da audiência, o gabinete do  governador  Armando da Cruz Neto desconfirmou o encontro alegando questões de saúde.

 

O  embaixador  Christopher McMullen veio a ser recebido apenas dois dias depois (11 de Maio)  logo após, o governador de Benguela,  ter recebido  luz verde de Luanda. Em simultâneo,  os jornalistas da imprensa estatal foram orientados a levar um “papelinho” com uma pergunta chave  devidamente autorizada pelas autoridades que deveriam colocar ao diplomata americano.

 

Na capital americana, o assunto também foi objecto de analise após terem notado por via de uma reportagem da Voz da America (VOA) que o  diplomata não fora recebido pelo governador de Benguela, conforme estabelecia a agenda diplomática. Círculos  em Washington teriam  suspeitado que a   “rejeição” da audiência por parte do governador  Armando da Cruz Neto  fosse  “uma retaliação de Luanda por alegadamente, o  embaixador ter se reunido  com o dirigente da UNITA,  no mesmo pé de igualdade com  que se reuniu com  o mais alto responsável do regime angolano na província.”.

 

De lembrar que na  terça-feira, o diplomata americano visitou  a Cooperativa Twassuca e um encontro com produtores de banana e uma escola que recebe merenda financiada pelos Estados Unidos, através da Organização Não-Governamental JAM. Visitou também à casa modelo do projecto de desenvolvimento habitacional da empresa americana Royal Concrete Concepts, subsidiária da companhia Metromont.