Luanda - Um contrato de associação em participação na concessão do Tchegi, nas Lunda Norte e Sul, uma mina de exploração em aluvionar, foi assinado dia 8, em Luanda, entre a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama) e a Escom Mining.


Fonte: Angop



O contrato tem como objectivo a constituição de uma associação em participação para o exercício dos direitos mineiros de prospecção, pesquisa e reconhecimento de depósitos secundários de diamantes na concessão do Tchegi.



Localizado nas províncias do Lunda Norte e Sul, o projecto vai ocupar uma área de 635,9 quilómetros quadrados.



Neste contrato, a Endiama EP terá uma participação de 60 porcento, enquanto a Escom
Mining caberá 40 %.



Na cerimónia, o presidente do conselho de administração da Endiama, António Carlos Sumbula, referiu que o contrato assinado se circunscreve na perspectiva de arrancar com as minas que devem ser prospectadas de forma a se poder identificar novas  reservas, bem como a criação de empregos.



Adiantou que a crise financeira deixou uma herança muito negativa no sector, como, o desemprego e os baixos preços de diamantes.



De acordo com o responsável, a estratégia aplicada deu bons resultados, pois hoje os preço do diamante está a cima do preço anterior à crise financeira internacional e já é possível arrancar com as minas que devem ser prospectadas.



Referiu que o projecto prevê empregar 135 pessoas e durante o período de seis a oito meses que vai durar a reavaliação de reservas, serão empregadas mais pessoas.



No tocante aos investidores que abandonaram a actividade mineira em Angola, nomeadamente aquelas que faziam a prospecção, António Sumbula disse que em relação as minas que estavam a produzir, estas paralisaram não devido à crise, mas sobretudo, porque deixaram de ter reservas economicamente viáveis acabando por contrair dividas elevadíssimas.



“Actualmente são problemas que estamos a resolver”, afirmou.



Informou que, com a melhoria do preço do diamante no mercado internacional, a empresa fez uma campanha internacional em vários países e como resultados muitos investidores estão a chegar ao país.



“Muitos deles visitaram algumas concessões propostas e pode-se dizer que a actividade de prospecção e de exploração de diamantes começa agora,” frisou.



A perspectiva para o presente ano, disse, é procurar manter o valor do diamante.



“Quanto mais stock de diamantes fazemos, criamos mas défice no utilizador final e produzimos uma maior procura de diamante e consequentemente produzimos um aumento do preço”, disse.



Em 2010, afirmou, a Endiama empenhou-se em fazer stock de diamante o que fez com a procura dos diamantes angolanos aumentasse e aumentando igualmente os preços.



Por outro lado, o representante da Escom Mining, Hélder Bataglia dos Santos referiu que o contrato assinado é fruto de algumas concessões assinadas com a Endiama a cerca de cinco anos.



Sublinhou que foram encontradas reservas e por isso dar-se-á início à exploração.



Em Angola, no sector de diamantes, a Escom tem investido cerca de 578 milhões de Dólares, enquanto os investimentos globais rondam os 900 milhões de dólares.