Lisboa – A  agressão contra o antigo ministro do comércio do GURN, Joaquim Muafumba Icuma, esta a provocar um sentimento de contestação   no seio, dos seus conterrâneos,  os  Lunda- Tchoke.


Fonte: Club-k.net

Tem-no como referencia  tribal

Logo, após tomarem conhecimento da agressão, a que o mesmo foi vitima,  um grupo oriundo das Lundas, residentes em Luanda,  deslocou-se a sua residência no bairro Nova Vida  para prestar solidariedade ao mesmo  e ouvir a sua versão quanto aos acontecimentos. O Grupo pretende,  deslocar-se, em breve,  a presidência da UNITA,  a fim de exigir explicações quanto ao sucedido.


O pensamento mais notável  que esta corrente “Lunda-Tchoke”, faz prevalecer, é a  de que os seus conterrâneos na UNITA tem sido  marginalizados, dentro do partido,  por terem idéias próprias. A alimentação de tal aforismo começou, desde o ano passado após tomarem conhecimento que um  outro membro do leste de Angola, Carlos Kandanda   estaria a ser marginalizado nas hostes do "Galo Negro". Desde então, Carlos Kandanda  encurtou-se da vida partidária  deixando de fazer parte das reuniões da comissão política com o receio de que lhe viesse a ser retaliado por causa das suas posições.


Kandanda é antigo guerrilheiro  natural  do Moxico e por muitos anos foi considerado o “ícone”, da UNITA na zona leste do país.  Já Joaquim  Muafumba, é considerado como parte de uma linhagem original  da tribo “Lunda-Tchoke”. Em vida, Jonas Savimbi, tentou recuperar a sua importância étnica  fazendo dele o Secretario provincial da UNITA naquela região. Nos dias de hoje, os Lunda- Tchoke,  reconhecem nele como uma   liderança representativa em Luanda, com realce dentro do maior partido da oposição.

 

Joaquim Muafumba Icuma foi agredido  por dois dirigentes partidários a margem de uma reunião. Um dos agressores, Diamantino Domingos  Mussokola é membro do gabinete presidencial da UNITA.  Dias, antes recebeu uma mensagem de um  funcionário do protocolo do gabinete de Isaías Samakuva,  a pedir que confirma-se a presença na reunião que teve lugar na terça-feira, na sede do São Paulo.  Foi lhe dito na convocatória  que  falariam  do pacote eleitoral, porem,  posto na reunião  notou que havia um tema “extra”, que seria “a indisciplina de dirigentes que criticam o partido nos jornais”. Quando se tocou no segundo ponto da agenda, uma corrente interna deduziu que  iria se  falar da sua recente entrevista ao Novo Jornal em que afirmou que o Presidente do Partido Isaías Samakuva “já deu tudo que tinha para dar”.


Momento a seguir, os dois colegas  agressores foram contra ele, em plena reunião, tendo sido levado para uma clinica para receber tratamento. Dias depois, recebeu  mensagens e telefonemas de colegas que mostraram-se solidário com ele. 


No seu circulo de influencia, Joaquim Muafumba  tem estado a descartar  a  hipótese de abandonar a UNITA. Nas  entrevistas que prestou aos órgãos de comunicação, procurou  salvaguardar a imagem  do seu  partido UNITA com criticas. As suas contestações estão  mais  direcionadas a membros do “inncer circle”  de  Isaías Samakuva.