Luanda - A Secretária provincial da UNITA na Huíla, Amélia Judith apelou, hoje, o bom senso dos deputados da bancada parlamentar do MPLA a respeito ao Artigo 107º da Constituição da República que – segundo ela – foi maioritariamente aprovada pelos os mesmos em 2010.


Fonte: Club-k.net

 

“Eles devem pensar como angolanos e lembrarem que o povo angolano está acima de qualquer partido”, disse Amélia Judith, exigindo o cumprimento do Artigo 107º da Lei Magna sem quaisquer desculpas esfarrapadas. “A Lei Magna é para ser cumprida e, ninguém está acima da lei”, ressaltou.

 

A nossa fonte repudia veemente a atitude os deputados do MPLA em querer fazer vista grossa a este artigo “bomba” em defesa do pão. “Eles sabem que a coisa não está certa, mas só porque têm mulheres e filhos e não querem perder o pão, já que, hoje em dia, a consciência do angolano simplesmente se circunscreve no pão”, recordou, realçando os mesmos que “é bom que, acima de tudo, eles vejam a pátria em primeiro lugar”.

 


A baptizada “Dama de Ferro”, pela imprensa, fez ainda lembrar aos mesmos que é nesta pátria onde se encontram as suas famílias que serão a continuação da geração vindoura “porque muitos deles não são eternos”.

 


Por isso – segundo a mesma – devem se lembrar que tudo que eles construírem de forma não acertada hoje, vai inclusive afectar os seus filhos, seus netos e parentes. “Porque eles são deputados, mas, antes de tudo, também são angolanos”, justificou.

 

Entretanto, Amélia Judith recordou aos deputados do MPLA que, a Constituição que nos rege foi aprovada pelo Parlamento que é representado maioritariamente pelos mesmos. “Porém seria um paradoxo daquilo que eles próprios aprovaram e, promulgado pelo Presidente da República, ser hoje, simplesmente, ignorada”, salientou.

 

“No nosso ponto de vista – segundo Amélia Judith –, o artigo 107º da Constituição da República é muito claro: Comissão Nacional Eleitoral deve ser independente do Executivo, significa dizer que, a Casa Militar da Presidência não pode se incluir mais uma vez neste processo. O Ministério de Administração e Território não pode fazer o registro eleitoral”, enfatizando que “se estás entidades não estiverem fora deste processo, então nós não estamos a falar da Comissão Nacional Eleitoral independente”.

 

“Por isso, apelamos o bom senso do partido no poder – que tem a maioria na Assembléia Nacional – de fazer uma abordagem racional para não passar acima da Constituição”, rematou.