Luanda - Após o final da 30ª Cúpula de Chefes de Estado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Meridional (SADC), o presidente de Angola, José Eduardo dos Santos pediu à Otan que coloque fim em sua intervenção militar na Líbia.


Fonte: EFE


Durante a reunião realizada nos últimos dois dias em Luanda, Santos pediu o final da missão da Aliança Atlântica e se referiu às "situações de conflito em outras partes da África, em particular na Líbia, onde continua sendo difícil encontrar uma saída à situação de guerra que enfrenta o país".

 


"Na Líbia, a Otan deve cessar sua ação militar e abrir espaço para a negociação de um acordo político entre as partes em conflito, medida incondicional prévia adotada no Mapa de Caminho que foi proposto pela União Africana (UA)", ressaltou Santos.

 

O plano para a paz proposto pela União Africana, que em abril impôs ao líder líbio, Muammar Kadafi e ao Conselho Nacional Transitório (CNT) o Mapa do Caminho, contempla o cessar-fogo imediato e o diálogo entre as duas partes.


O presidente de Angola expressou sua preocupação com a situação do Zimbábue, Madagascar e da República Democrática do Congo, e apostou mais uma vez no diálogo como forma de garantir a paz, a estabilidade e a segurança de cada país. Disse ainda lamentar o conflito que vive a Somália há duas décadas, agravado pela atual crise de fome que assola cinco regiões do sul do país.


"Encorajamos à comunidade internacional a intensificar seus esforços para canalizar ajuda humanitária, o que contribuiria para diminuir o sofrimento da população, especialmente as crianças que vivem esta situação dramática, ressaltou."