Luanda – Mfuka Muzemba, o Secretario-Geral  da JURA,  cujo paradeiro era até então desconhecido, pela direção do seu partido,   foi transferido para uma prisão  de alta segurança, conhecida como a  cadeia de Kakila, localizada, nos arredores de Calumbo. O dirigente juvenil e um grupo de jovens detidos, nas mesmas circunstancias foram espancados no decorrer de uma sessão  de tortura física e psicológica (não foram alimentados de sexta para sábado). Perto das 19h40, de Sexta feira, aquele  líder juvenil  foi o único a ser  tirado da cela para uma suposta reunião   que durou perto de duas horas.


Fonte: Club-k.net

Regime tortura adversários políticos

As 9h da manha  deste sábado, os  guardas  dos serviços prisionais  impediram que a mãe de  um dos detidos identificado por Paulo Vaz pudesse receber visita, alegando  “falta de autorização superior”. Após terem implorado,  os familiares dos detidos conseguiram entregar alguns bens levados, quando eram  14 horas.


Mfuka Muzemba foi detido no passado dia 8 Setembro  quando fotografava um grupo de jovens que protestava no largo Serpa Pinto em solidariedade  aos manifestantes do dia 3 de Setembro.  Foram também presos membros do Bloco Democrático que se deslocaram  ao local para prestar solidariedade  juvenil ao grupo que estava a ser julgado no tribunal da Ingombota.


A detenção de Mfuka Muzemba é agora aproveitada pelas as autoridades para dar a entender que as manifestações em Angola estão a ser realizadas pela UNITA. Numa recém entrevista, a emissora católica, Sebastião Martins, o Ministro do Interior, questionou a presença do mesmo ao local.


De acordo com informações  plausíveis, Sebastião Martins, tenciona  levá-lo a tribunal para ser julgado tão logo que outro grupo de “Carbono” Casimiro venha a ser condenado (Juiz foi orientado a soltar e aplicar uma multa pesada).


As autoridades, mostram-se  cientes que não há provas que indicie crime da  parte de Mfuka Muzemba. Tencionam apresentar o vidro  partido de um carro da polícia como  evidencia dos supostos estragos que provocou. 

O regime vê  na detenção de Mfuka Muzemba, como oportunidade de tirar proveito político. Logo após ao dia 3 de Setembro, o governo propagou que o primeiro grupo de manifestantes agrediu a policia e praticou actos de vandalismo. A soltura dos jovens, por falta de provas,  colocará  as autoridades numa posição em que a população  pode concluir  que o governo usou uma inverdade  para incriminar os manifestantes.

 
A detenção de Mfuka Muzemba, obedece agora a cálculos destinados a levá-lo em tribunal e ser  propagado como  autor das  manifestações.  Embora haja a garantia de que venha a ser posto em liberdade, há estimativas indicam  que o governo não  iria permitir  passar  na televisão a parte final do julgamento para  que vinque a idéia de que esta a ser julgado como o actor das manifestação.


As manifestações recentes deixaram as autoridades muito chocadas por  ter estragado  o trabalho de marketing  feito na véspera do  28 de Agosto que visava promover a imagem de JES como lider  de “carisma”. A nível do gabinete de acção psicológica da PR, a  manifestação  de 3 de Setembro, abafou o trabalho posto em curso que precipitou a promoção de um  rumor  que dava  entender que JES iria sair do poder já em 2012.


A idéia do regime é  passar a mensagem de que em Angola “esta tudo bem” e que os jovens  não se manifestam por causa de problemas sócias,   a que invocam mas porque  são  instigados pela UNITA. Em outras manifestações terão acontecido o mesmo, o que levou os manifestantes a responder que “eram  maduros demasiados”  para serem influenciados por partidos da oposição.

 

Lista dos presos politicos


Domingos Tove

Neves Cardoso

Alcibiades Kopumi

Agostinho Kamuango

Pedro Ulika

Isaías Celestino

Abaiao Mohindo

Afonso Vemba

Miguel Constantino/

João Dinis

José Morais

Cristóvão Segunda

Lito António

correia Domingos

José Tchilumbo

Mário Paulino Paulino Samacaca

Rodrigues Matumona

Daniel Silveira

Manuel Neto

Leonildo Eduardo

Agapito João

Mário Cristo

Mfuca Muzemba