"Ninguém tem que impor nada a ninguém"
Existem partidos políticos que encontram dificuldades em fazer passar a sua mensagem, alegando o facto de existir “intolerância e má vontade”, referiu José Eduardo dos Santos quando saudava a população da cidade do Huambo, província na qual efectua uma visita de trabalho de algumas horas.
“Não devemos forçar, nem incitar a violência, nem a intolerância política. Vamos trabalhar até aqui, nas nossas campanhas, com espírito de fraternidade, mantendo a tranquilidade e serenidade, para que haja segurança absoluta, liberdade de expressão e as pessoas possam fazer as melhores escolhas, aquela que esteja de acordo com o que diz a sua consciência”, acrescentou.
Segundo o Chefe de Estado angolano, "ninguém tem que impor nada a ninguém, o povo do Huambo é um povo adulto, é como todas as populações do país, “sabe o que quer e tenho a certeza que no dia cinco de Setembro também fará a escolha certa”.
José Eduardo dos Santos disse ainda que “ninguém precisa de induzir, de condicionar e intimidar”, que o povo se exprima livremente da forma como “veio livremente para esta praça, que escolha o partido que tem no coração também”.
Recordou que se passou por um período muito difícil, sofreu-se imenso e por esta razão é que existem “muitos traumas e temos que ultrapassar”.”Estamos num período de cura e quando formos a alguma localidade, se não formos bem aceites e a nossa mensagem não fôr bem recebida devemos ter paciência”, asseverou.
Num tom conciliador, o Presidente disse: “Não passou agora, talvez possa passar mais tarde e se não formos aceites nestas eleições, talvez possamos ser aceites nas próximas eleições”.
Manifestou-se, por outro lado, satisfeito pelo facto de se constatar que no rosto de cada adolescente, mulher e homem, desta província, existe alegria.
“Nós vemos alegria, constatamos que as pessoas vão ultrapassando aquele período de sofrimento e os traumas provocados por longos tempos de amargura e de angustia”, disse.
Verifica-se ainda que se “recuperou a vontade de viver e a esperança”, o que faz com que, graças a acção abnegada dos trabalhadores e da juventude, a urbe do Huambo “está a mudar e está bonita, cada vez mais adequada a função que queremos dar as nossas cidades, que se ajustem ao nosso gosto, tradições e maneira de ser”.
Parabéns ao Huambo, ao exemplo que estão a dar as outras cidades, “aqui há trabalho e vê-se que tudo está cada vez mais bonito”.
“Eu estou muito contente por ver esta praça cheia de gente, por ver os habitantes da cidade do Huambo e de outros municípios”, disse, dirigindo-se as mais de cem mil pessoas que o foram saudar no largo Dr. Agostinho Neto.
Esta população vem dizer ao mundo que “nós estamos de pé, fizeram tudo para nos derrubar, (…) mas estamos de pé, vamos continuar de pé e o Huambo vai ficar cada vez melhor”.
Fonte: Angop