Ndalatando - A persistência de Agostinho Neto em priorizar sempre a formação académica, visando a elevação dos seus ideais em prol da luta de libertação de Angola, deverão continuar a constituir um exemplo para as crianças e jovens em resposta aos actuais desafios de reconstrução e unidade nacional, segundo o governador do Kwanza Norte, Henrique André Júnior.
 

Fonte: Angop

Dia do Herói Nacional

Henrique Júnior defendeu esta posição durante um encontro que manteve hoje com crianças afectas à Organização do Pioneiro Agostinho Neto (OPA), por ocasião do 17 de Setembro, dia do Herói Nacional, e apelou aos jovens a nunca desistirem ante as dificuldades da vida e a priorizarem a formação académica como segredo para a contínua auto-superação e investimento para o futuro pessoal e do país.
 


No seu contacto com os petizes, Henrique Juniores descreveu as várias etapas que caracterizaram a luta de libertação nacional e os factores que motivaram Agostinho Neto a lutar contra a opressão colonial, bem como os valores e momentos que caracterizaram a resistência até a conquista da independência nacional, a 11 de Novembro de 1975.
 


Henrique Júnior destacou a personalidade do primeiro Presidente da República como médico, humanista, político e escritor, que sabendo interpretar os anseios do seu povo decidiu lutar pela independência de Angola.
 


O governante considerou Agostinho Neto como um promotor da unidade nacional, que após ascender a presidência da República considerou Angola uma nação una indivisível, isenta de descriminações culturais, tribais ou raciais.
 


O mesmo considerou a morte prematura do primeiro líder da nação angolana, quadro anos após à sua ascensão à presidência (1975-1979), como um acontecimento que mexeu com a nação, mas o governo angolano liderado pelo partido MPLA soube fazer a escolha certa, ao indicar José Eduardo dos Santos como novo presidente de Angola, o qual tem sabido corresponder com os anseios do povo, sobretudo no âmbito do combate à fome e a pobreza.
 


O município do Ngonguembo foi a região do Kwanza Norte escolhida para albergar o acto provincial do dia do Herói Nacional, durante uma actividade marcada pela inauguração de vários empreendimentos sociais e realização de actividades músico-culturais em saudação à efeméride.
 


O 17 de Setembro é celebrado como Dia do Herói Nacional em homenagem ao primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, nascido a 17 de Setembro de 1922, na aldeia de Kaxicane, município de Icolo e Bengo (província do Bengo).
 

Além de médico e político, António Agostinho Neto destacou-se como um dos maiores poetas da história da literatura angolana.

 

Homenagem a Neto representa grande apreço ao poeta maior

 

A vice-governadora de Luanda para área social e política, Jovelina Imperial, sublinhou hoje, sábado, nesta cidade, que a homenagem ao primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, representa um grande apreço e consideração ao poeta maior e fundador da nação.


 
Em declarações à imprensa, no final da deposição da coroa de flores na estatua do Herói Nacional, no Largo da Independência, a governante frisou que todas as homenagens para o homem que foi o primeiro estadista angolano são poucas pela dimensão que representou e que representa a sua obra e a sua vida para o povo angolano.


 
"Nós homenageamo-lo todos os dias, não só hoje. Mas hoje com especial significado pelo facto de ele comemorar o seu octogésimo nono aniversário", salientou.
 


Na praça onde está a imponente estátua inclinaram-se para render a homenagem membros do executivo central, provincial, políticos, deputados, membros das Forças Armadas Angolanas (FAA), Polícia Nacional (PN), corpo diplomático, religiosos, representantes da OMA, JMPLA e OPA.

 

Dia do Herói Nacional

 

 A data de nascimento do fundador da nação e primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, comemora-se hoje, na mesma data em que se celebra igualmente o Dia do Herói Nacional pelo contributo que ele deu à luta armada contra o colonialismo português, pela conquista da independência nacional e pelo seu contributo decisivo na libertação do Zimmbabwe, Namíbia e África do Sul. Neto foi o primeiro líder mundial a destroçar as bases do apartheid.


Instituído feriado nacional em 1980 ,pela então Assembleia do Povo, um ano após o seu desaparecimento físico, em 10 de Setembro de 1979, o dia deve-se, também, ao reconhecimento do empenho de Agostinho Neto na libertação de Angola, em particular, e do continente africano em geral.

 

Como ele afirmava, Angola não podia sentir-se independente enquanto outros povos africanos estivessem sob o domínio de potências estrangeiras. Expressava assim o ponto mais alto do que a Unidade Africana implicava, numa altura em que alguns países ainda estavam sob dominação de potências coloniais.

 

Fruto da sua entrega à causa libertadora dos povos, o Zimbabwe e a Namíbia ascenderam também à independência. Agostinho Neto também contribuiu, com a sua acção, para o fim do apartheid na África do Sul.

 

O tempo provou que o primeiro Presidente de Angola tinha razão, quando sublinhava a necessidade de outros povos se libertarem do jugo colonial e da dominação sob quaisquer formas. Foi um líder visionário, na medida em que previu que os povos da região em que se insere Angola, uma vez donos dos seus destinos, podiam reunir-se numa comunidade de desenvolvimento económico.

 

Hoje, podemos dizer que realidades como a SADC são também um mérito do Herói Nacional porque ao lutar pela liberdade de África estava explicitamente a pugnar pela coesão regional. Toda a luta de Neto tinha uma visão universal, partindo da libertação nacional do jugo do colonialismo e dos seus aliados, que eram todos os que hoje se enfeitam com os troféus da democracia mas que ontem, apoiaram activamente os bombardeamentos com napalm e desfolhantes, as torturas, os campos de concentração em Angola e no Tarrafal, o trabalho escravo em pleno século XX e armavam as tropas portuguesas de elite. É bom recordar que as tropas das unidades de pára-quedistas usavam as armas das forças da OTAN.

 

Agostinho Neto foi também um esclarecido homem de cultura para quem as actividades culturais tinham de ser, antes de mais, a expressão viva das aspirações dos oprimidos, arma para a denúncia dos opressores, instrumentos para a reconstrução da nova vida. Quando defendia a realização de um Carnaval que reflectisse a angolanidade, Agostinho Neto estava a apelar ao resgate das tradições e dos nossos valores culturais.


Hoje, fazemos um esforço no sentido de proceder a esse resgate, em que se misturam a remissão de tudo o que de bom e valioso os contravalores pretendem destruir. Vivemos um momento em que movimentos contrários às regras de sã convivência, inversos à prática da política responsável e opostos ao legado dos nossos heróis, pretendem impor-se.


Agostinho Neto, dotado de um invulgar dinamismo e capacidade de trabalho, foi, até à hora do seu desaparecimento físico, incansável na procura da solução de todos os problemas relacionados com o povo e com a pátria.

 

A Agostinho Neto também se lhe reconhece o grande empenho na luta para a erradicação do analfabetismo, ao lançar, em 1979, a Campanha Nacional de Alfabetização, um processo que teve a sequência, que elogiamos, nos dias de hoje. Acreditamos que muito se pode explorar sobre o legado e ensinamentos de Agostinho Neto, sobretudo quando se trata da educação e instrução dos nossos jovens.

 

Costuma dizer-se que não se pode seguir em frente sem um olhar responsável para trás, a partir do qual se pode beber da experiência que cimenta um futuro sem grandes sobressaltos.


Não há como contornar esta dinâmica, proporcionada pela vida, sob pena da caminhada para o futuro se tornar mais sinuosa. A juventude angolana precisa de fazer uma leitura correcta sobre a relevância histórica da vida e obra do primeiro Presidente da República no presente momento de reconstrução e de desenvolvimento do país.

 

António Agostinho Neto acreditava piamente que a juventude angolana era capaz de interiorizar o valioso legado deixado pelos nossos heróis. O grande líder nunca hesitou em apostar nos jovens, promovê-los, dar-lhes responsabilidades para crescerem no terreno da luta. Se houve um líder mundial que apostou tudo na juventude, foi Agostinho Neto.


Quando teve de fazer rupturas dolorosas com companheiros de jornada, para fortificar a luta armada de libertação nacional, foi nos jovens que se aopoiou e foi com eles que prossegiu a marcha triunfal até à Independência Nacional. O resultado dessa opção está nos frutos que hoje colhemos.