Luanda - O governo angolano decidiu expulsar do país o cidadão libanês Ali Tajideen acusado de envolvimento no financiamento de actividades terroristas.
Fonte: VOA
Tajideen é suspeito de estar envolvido no branqueamento de capitais e de financiar o terrorismo através de uma das maiores redes de distribuição alimentar em Angola a “Arosfram” de que é proprietário.
As suspeitas de envolvimento do cidadão libanês foram levantadas há pouco mais de um ano pelo departamento da justiça americano desencadeando uma investigação interna que culminou com a expulsão administrativa do país segundo afirmou, Freitas Neto, o director do serviço de migração e estrangeiros.
Freitas Neto acrescentou que Angola não recebeu nenhum pedido de detenção ou extradição de Ali Tajideen adiantando que a sua expulsão vai acontecer logo que seja detido.
Ministro do Interior ordena expulsão de estrangeiros em situação migratória irregular
O ministro do Interior, Sebastião Martins, determinou hoje, terça-feira, em Luanda, ordem de expulsão, do país, a mais de cem estrangeiros em situação migratória irregular.
A informação, expressa num comunicado de imprensa do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), dá conta que tal decisão visa a salvaguarda do interesse nacional e da segurança interna do Estado angolano.
Nesta conformidade, lê-se no documento, o SME deve efectuar diligências para localização dos referidos cidadãos, para a formalização dos actos da ordem de expulsão e, consequente, interdição de entrada em território nacional, por período superior a vinte (20) anos.
Salienta que enquanto permanecerem em território nacional, devem os cidadãos ser encaminhados ao Centro de Detenção de Estrangeiros Ilegais (CDEI), devendo para o efeito fazer cumprir o consignado no nº 1 do artigo 101 e nº 3 do artigo 102 da Lei 2/07, de 31 de Agosto, que prevê a responsabilização dos mesmos e das empresas, sob as quais estiveram vinculados, pela infracção decorrente do tempo de estadia ilegal em solo angolano.
O ministro do Interior reitera, à opinião pública nacional e internacional, o inequívoco interesse do Estado angolano e do seu Executivo em respeitar e fazer respeitar as leis angolanas e convenções internacionais no que em matéria migratória diz respeito, no actual contexto de globalização, caracterizado pela convergência de interesses que permitam a prevenção, detecção e combate das práticas decorrentes do fenómeno da imigração ilegal e do seu auxilio, bem como das que possam pôr em causa a paz e a segurança mundial.
Constam, da lista de expulsos, indivíduos de nacionalidade libanesa (71), brasileira (1), britânica (1), chilena (1), congolesa democrática (1), egípcia (3), indiana (14), palestina (3), portuguesa (1), senegalesa (1), serra-leonesa (4), síria (20) e tunisina (20).
