Luanda - Reagindo à recente suspensão de 12 membros da comissão política da UNITA, o jurista angolano Lindo Bernardo Tito, afirmou à “Voz da América” que o maior partido da oposição angolana demonstra falta de capacidade de gestão dos seus problemas internos.


Fonte: VOA


Em declarações à Voz da América, Lindo Bernardo disse que o principal  partido da oposição em Angola  devia considerar as diferenças de opinião internas como uma mais-valia para a democratização do ex-movimento rebelde.

 

“O que  se passa é que ao invés de entenderem as diferenças como uma mais-valia as lideranças ficam preocupadas com a sua manutenção no poder.  Utilizam epítetos como rebelião interna ou tentativa de divisão”, declarou o analista.

 

Bernardo Tito afirmou que a UNITA devia saber gerir as questões internas de acordo com os objectivos gerais do partido e não olhando para os interesses pessoais ou de grupo.

 

Ele acrescentou que as sanções podem acarretar consequências eleitorais e considera Lukamba Gato e Abel Chivukuvuku  como figuras com ampla  projecção interna e externa.

 

“Afastar estes quadros, por um período tão  longo, tem consequências  eleitorais”, disse ele.


Bernardo Tito concluiu que, com esta atitude, a UNITA deixou claro que um  certo défice de tolerância interna o que terá reflexos nas próximas eleições .