Luanda - O Secretário-Geral da UNITA, Abílio Kamalata Numa  esclareceu numa entrevista a VOA que a comissão política do seu partido não aprovou a suspensão de altos dirigentes do seu partido propostos pela Conselho Nacional de Jurisdição da UNITA no passado dia 23 de setembro, no  Huambo.  De entre os envolvidos constam os dirigentes  envolvidos  no caso do  do conhecido  Grupo de Reflexão (GR).


Fonte: Club-k.net/VOA

TPA e RNA teriam  avançado  a suspensão


Na UNITA "não há barões" e aqueles que violarem os estatutos serão punidos - disse no "Angola Fala Só" da Voz da America, o secretário-geral e deputado do Galo Negro, Abílio Kamalata Numa.


"Na UNITA há militantes. Não há barões, nem históricos", disse Numa, respondendo a perguntas dos ouvintes sobre o afastamento "preventivo" provisório de Abel Chivukuvuku e outros 11 destacados dirigentes da UNITA.

 

De acordo com informações relacionadas ao que se passou naquele dia no Huambo, momentos apos a reunião ter iniciado, o  Presidente do Conselho Nacional de Jurisdição da UNITA, Baptista Vindes leu um documento que anunciava que iriam submeter para aprovação da comissão política,  a suspensão  preventiva  de Abel Chivukuvuku, Lukamba Paulo Gato, Antonino Chiulo, Vicente Vihemba, Américo Chivukuvku, Rafael Aguiar, Joaquim Icuma Muafumba e outros.

 

O responsável do CNJ teria informado que  o grupo estaria suspenso e que pudessem permanecer  na sala mas sem direito a palavra.  Em reação a esta posição Chivukuvuku, Gato e outros  preferiram abandonar a sala  dirigindo-se  ao hotel onde estava  hospedados.  Logo a seguir,  outros  quadros e membros da Comissão Política  sancionados também fizeram o mesmo, levando com que jornalistas do regime (TPA e RNA) que presenciaram a reunião anunciassem que houve  suspensão de altos dirigentes.

 

De acordo com uma fonte interna, a direcção do partido ficou  desiludida  e mandou uma delegação chefiada  por Chilingutila para pedir que regressassem. “Estes não aceitaram e justificaram que saíram  porque ficaram  direito a palavra e isto não fazia sentido a permanência deles na sala.” Disse a fonte acrescentando que “eles ainda disseram que se for para negociar, o próprio Samakuva teria  que ir ao encontro deles.”