Luanda - O docente da faculdade de Direito da universidade Metodista de Angola, António Alberto Neto, prevê – nos próximos tempos – romper o convênio laboral com a direcção da referida instituição por motivos de várias ordens, dentre eles: a incompactibilidade, e atraso, salarial.


Fonte: Club-k.net

O nosso interlocutor mostrou-se indignado com o salário auferido, uma vez não vai de acordo com o valor estabelecido pela UNESCO, e ao mesmo tempo pela SADC, para um professor da sua categoria. “Peço um reajuste salarial, a direcção da instituição, correspondente aos níveis de formação que é considerados pela UNESCO e pelos acordos que regem o sistema de educação a nível da SADC que não estão a ser, naturalmente, respeitados”, diz.  


Reajuste salarial não é tudo. Alberto Neto diz não está de acordo com o modo de pagamento de salários naquela instituição de ensino superior. “Porque quê só pagam salários 15 a 20 dias depois de o mês findar?”, questionou, revelando que “há escassas semanas, eu telefonei para magnífica reitora Teresa da Silva Neto, para lhe colocar a questão dos atrasos injustificáveis de salários”.


De acordo com o mesmo, foi-lhe dado um esclarecimento técnico administrativo não convincente. “Eu compreendo, mas também há outros docentes que também partilham, naturalmente, a minha preocupação. Porque isso causa algum transtorno no nosso dia-a-dia”, assegurou, acrescentando que já tivera comunicado a direcção da universidade que, enquanto a situação permanecer, não estaria em condições de prosseguir com o seu trabalho.


Outrossim, o também presidente do Partido Democrático Angolano (PDA), exige o reembolso dos valores do IRT que lhe é mensalmente descontado. “No ano passado foi-me descontado o IRT, dado que sou antigo combatente a lei vigente reza que todos antigos combatentes veteranos da pátria são isento de pagamentos do IRT. Portanto, quero que me seja reembolsado estes valores descontados do IRT”, adiantou.


De realçar que Alberto Neto além de leccionar a cadeira de direito constitucional, é o único docente a leccionar ciências políticas naquela universidade. A nossa fonte alerta a reitoria que, se estás situações não forem solucionadas até dia 9 do corrente mês (a data em que vão se iniciar os exames de freqüência), vai manter a sua posição.
“Eu queria também alertar aos alunos que, se não houver o pagamento dos meus salários em atraso não irei dar aulas, como estou a fazer há duas ou três semanas”, rematou.