Luanda - A Procuradoria da República não dá sinais de que avançará com investigações sobre as denúncias feitas pelo advogado e presidente do PP, David Mendes, contra três titulares de cargos públicos, incluindo José Eduardo dos Santos, presidente de Angola.


Fonte: VOA


“Nós esperávamos no mínimo que já houvesse um processo, ainda que fosse um processo de inquérito, porque sempre que se apresenta uma queixa e de acordo com aquilo que sabemos do nosso ritual, de imediato abre-se um processo e a partir da abertura desse processo se vai ouvindo as partes, vai-se recolhendo informações, para que o processo dê seguimento…” disse David Mendes.

 

António Kaprakata é advogado de profissão. Ele destaca o papel da procuradoria enquanto órgão garante da legalidade e descreve aqui o que a justiça devia fazer!

 

“Se há uma denúncia, há uma informação apresentada na procuradoria, que determinado dirigente ou órgão, deu destino diferente dos bens do Estado, esta informação é a denúncia e é suficiente para o procurador agir imediatamente”.

 

O jurista diz ainda não existirem prazos fixados para a instrução do referido processo.

 

Lembro que o PP - Partido Popular enquanto autor da carta-denúncia predispôs-se como assistente nos autos.

 

Nesta terça-feira, funcionários do gabinete do Procurador Geral para onde se deslocou a nossa reportagem, não davam explicações satisfatórias.

 

Às perguntas que eram colocadas pelos jornalistas respondiam com silêncio e em olhares incrédulos pelo atrevimento!

 

Fátima, o único nome possível de vislumbrar no passe de identificação da escrivã da área do Expediente, limitou-se a adiantar que não sabia do assunto enquanto nos pedia que voltássemos para o gabinete do director do procurador. Respondia nervosa.