Em Cabinda, a falsificação de documentos e desvios de ouros mostra a falta de transparência do referido grupo, com acções como fuga ao fisco na exportação de madeiras, lavagem de dinheiro e outros negócios ilicitos. Os abusos começaram com os habitantes do município de Buco Zau, que também eram funcionárioss da "Mineração Luali". Depois de quatro anos na referida empresa acabaram expulsos e presos e como senão bastasse foram ameaçados de morte pelos gerentes daquela sociedade.
 
Para intimidar e atingir os seus fins, segundo alguns populares que falaram para este jornal, aquele grupo usa o nome do Presidente da República, José Eduardo dos Santos.Como se não bastasse, o referido grupo falsificou assinatura do sócio maioritário para conseguir financiamento num dos bancos comerciais e orientou os seguranças da empresa a dispararem contra o mesmo caso fosse às instalações das empresas.A sua acção não ficou por aí. Fontes no local garantiram que o grupo Lev Leviev apoderou - se dos projectos de Mineração Luali e Sociedade Madeireira de Necuto.

 A sociedade é constituída por três empresas e foi investido um capital de 5 milhões de dólares. O maior capital é da empresa de direito angolano cujo um dos sócios perdeu a vida. Os direitos do falecido estavam a ser representado por uma das filha do malogrado que, posteriormente, decidiu vender as suas acções ao grupo Lev Leviev, que passou a fazer parte do projecto com 44 por cento do capital investido.

Na implementação do projecto, a empresa rubricou um acordo com os habitantes do município de Buco Zau no sentido de melhorar alguns serviços básicos das populações. Do plano, constava a construção de escolas, hospitais, o fornecimento de energia eléctrica, água potável e garantir emprego aos munícipes daquela região.Este objecto foi cumprido. O município sede beneficiou de iluminação eléctrica, as comunas do Binga Grande e Pequeno.

No ano de 2006 a gestão dos projectos passaram a ser geridos pelo grupo Lev Leviev. Uma empresa que está ligado a exploração de diamantes no país.

Contam as fontes que, depois do director-geral Mordechai Kramash nomear o director das sociedades "Luali" e Madeira de Necuto, Shlomo Sharabi tudo começou a correr mal desde a gerência, ao despedimentos anárquicos, bem como aos actos de racismo e cárcere privado com a cobertura de alguns oficiais do exército. "Ele começou a gerir a empresa feito um "troglodita", pois, nunca respeitou os trabalhadores. "Fomos tratados como animais irracionais, o director Sharabi disse que temos menos valores que o filhote de um chimpanzé que tem em sua casa. Por isso, na condição de antigo general do seu país e com a amizade que goza junto do Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, pode abusar do poder porque goza de imunidade", explicou um funcionários sénior da empresa Luali. De acordo com aquele funcionário, trinta mil Kwanzas é o valor básico acordado entre os sócios para o pagamento dos salários.

Em conflito com o acordo assinado entre as partes, o director da Mineração Luali, pagava apenas 10 mil Kwanzas sem o consentimento dos demais parceiros, com destaque para o Presidente do Conselho de Administração (PCA). O rol de abusos não ficou por aí. Os trabalhadores eram feito escravos com uma carga horária de nove horas por dia, segundo testemunham as fontes locais.

 A alimentação era diferenciada entre os funcionários angolanos e expatriados. "A comida de qualidade era confeccionada em separado e era apenas para os israelitas e outros indivíduos do seu clã. Os trabalhadores angolanos comiam alimentos em estado deteriorados", denunciou a fonte. A resolução dos problemas por via do diálogo caiu em saco rato, pois, todos os que tentassem reclamar os seus direitos eram demitidos.

Shlomo Sharabi, é também acusado de arquitectar uma campanha com o objectivo de expulsar todos funcionários angolanos e brasileiros. Para demonstrar a sua arrogância, o mesmo despediu os que reclamavam sem indemnização e os substitui por outros. "Ele chegou a prender os que exigiam os seus ordenados, já que tinham dois meses em atraso. No lugar dos angolanos foram admitidos cidadãos israelitas e russos", afirmou a fonte.
Os actuais gestores, asseguram as fontes para além de afastarem o PCA dos referidos projectos, apoderam-se também de todos os equipamentos.

As fontes que temos vindo a citar avançaram que, a maior preocupação de Shlomo Sharabi foi afastar da administração todas as pessoa que sejam da confiança do sócio e (PCA) da empresa e colocou israelitas para facilitar as manobras do negócio ilícito, bem como, extraviar os equipamentos adquiridos pela "Mineração Luali". "Eles conseguiram explorar áreas com boas fontes de rendimentos, desviaram todo ouro que foi extraído durante a prospecção", fez saber a fonte.Ainda em relação a problemática dos salários em atraso, alguns dias depois, os trabalhadores dirigiram-se a empresa com propósito de exigir o pagamento dos ordenados em atraso.

O gesto dos ex-trabalhadores, segundo apuramos, foi respondido com violência com ameaças de mortes à mistura. "Sharabi, em cenas só vista em "filmes de cobóis", orientou os seguranças a dispararem contra os mesmos. Mais tarde, recebeu a arma a um dos seguranças e apontou-o a nós", confidenciou uma das vítimas. Para evitarem um banho de sangue, os funcionários demitidos preferiram retirar-se do local. Mais ainda assim, o acusado director recorreu a uma unidade das FAA no Loma, no centro do Buco Zau e os militares advertiram os ex-trabalhadores um a um, numa operação descrita de "casa a casa".

Um dia depois do sucedido, Shlomo Sharabi, dirigiu-se à casa de Paulo Zau, um dos demitidos e o ameaçou com uma pistola. "Quando sai, deparei-me com ele, apontou-me uma pistola na cabeça. Na mão esquerda exibia uma fotografia onde ele saudava o Presidente da República. Disse-me que, tudo que faz, é do conhecimento do Chefe de Estado", testou.

Para provar as suas influências na região voltou a dirigir-se ao quartel do "Loma" e orientou o comandante a efectuar a detenção de um dos ex-trabalhadores. "O nosso colega que tentou falar com ele, acabou por ser detido no comando do Loma por ordem do director Sharabi", explicou.    
 
Acobertados por figuras do Governo 

ImageGozam de protecção de algumas figuras do Governo local, assim como generais das FAA. As suas acções acabaram impunes, são acusados de falsificação de documentos, desvio de ouro, de exportação de madeiras com fuga ao fisco à mistura, lavagem de dinheiro e movimentação de contas nos bancos comerciais em Cabinda.
 
Tudo começou no dia 28 de Abril do corrente ano, sem o consentimento do (PCA) e outros sócios, Mordechai Kramash e Shlomo Sharabi, falsificaram uma acta, no qual se elegeram como membros do conselho de gerência das empresas e para melhor facilitar as suas negociatas ilícitas, a mesma acta serviu de suporte para abertura de uma conta bancária que deu-lhes a possibilidade de receber o financiamento num dos bancos comerciais em Cabinda.

O PCA sendo o sócio com maior capital nos investimentos, tomou conhecimento depois da gerente do banco solicitar que o mesmo assinasse um financiamento. Surpreendido, dirigiu-se ao banco onde recebeu o número da conta e a acta com assinatura falsa do sócio maioritário. "A fraude começa nos documentos que utilizaram para abrir a conta, uma conta que servira para facilitar a movimentação de grandes quantias para o exterior do país, tudo isso, de maneira ilícita", afirmaram as fontes.

De acordo ainda com as fontes, depois de descobertos, apresentou uma queixa à Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) de Cabinda e a Polícia Económica. Estes órgãos judiciais, segundo apuramos, interrogaram alguns dos elementos ligados a negociata e estes confessaram que as acções foram arquitectadas por Mordechai Kramash e Shlomo Sharabi.

Os documentos que tivemos acesso indicam que a conta se encontra congelada por ordem da polícia. Para vetar os rostos, os mesmos contrataram uma advogada que junto dos seus cobertores no aparelho de Estado têm inviabilizado o andamento do processo.

Em função da morosidade do tribunal supremo em Cabinda, isto, no que diz respeito ao julgamento célere do processo, os mesmos já começaram a transportar clandestinamente alguns equipamentos das empresas para Luanda, incluindo os que foram adquiridos fora da sociedade. 

Para melhor compreender a situação na sexta-feira, 22, a nossa equipa de reportagem deslocou-se a província de Cabinda para confrontar a realidade dos factos junto dos visados e das autoridades policiais. Durante a nossa estada no terreno, não fomos bem sucedidos. Fomos informados que nenhum dos responsáveis se encontrava na província. Mais os contactos foram restabelecidos em Luanda, mais até o fecho desta edição não surtiu efeito.

Fonte: Club-k.net