Lisboa – A indicação da jurista Suzana António Inglês como  presidente da Comissão Nacional Eleitoral esta a gerar contestação, em meios políticos angolanos, por a mesma não reunir os requisitos necessários exigidos pela lei orgânica do processo eleitoral.  A UNITA, o principal partido da oposição vai impugnar,  a indicação  pelas mesmas motivações.


Fonte: Club-k.net

Não faz parte de nenhum órgão judicial

De acordo com os requisitos, a CNE deve ser independente do executivo  e deve ser  chefiada por uma figura de reconhecida integridade reunido os seguintes pressupostos a saber:
 

(1) Ser Magistrado,

(2) estar no  activo

(3) Pertencer  a um órgão judicial.

(4) Ser designado pelo conselho superior da magistratura judicial,

(5) Uma vez eleito  o  candidato deve suspender todas as actividades judiciais.  


Nos meios  que contestam a indicação alegam que dos cinco requisitos,  Suzana Inglês,  apenas reúne um,  que é o de ter sido indicada pelo “conselho superior  da magistratura judicial”.

 

O foco da contestação deve-se ao facto de  Suzana Inglês não estar no activo da magistratura a mais de 20 anos.  Ela  foi  na década de 80,   Juíza de Direito do  ex -   Tribunal de Menores e da Execução das penas da Comarca de Luanda tendo abandonado para se dedicar a advocacia.

 

Enquanto decorria o concurso publico, a mesma já  exercia as funções de Presidente  da CNE, contrariando o requisito que alega que uma vez eleito deve suspender a actividade judicial.


Em termos de independência, a mesma é Membro do Comité Nacional da OMA (Organização da Mulher Angolana). Antes de entrar para o CNE, dedicava-se a Assistência Jurídica á mulher através dos Sectores de Apoio Jurídico desta organização de massa do MPLA.


As autoridades  tinha em vista ver a CNE, ser presidida por um juiz próximo ao regime e que no passado trabalhou nesta instituição eleitoral, mas por  indisponibilidade do mesmo recorreram em manter a jurista Suzana Inglês.


O concurso público realizado foi visto em si, como pouco credível pelo procedimento levado a cabo. Foi feito num espaço de 10 dias, e terão feito parte como concorrentes segundo, anuncio, os juristas Manuel Pereira da Silva, Félix Sebastião e Joaquim Abreu Cangato. Ate o inicio desta semana a comissão que trabalhou na escolha dirigida pelo jurista Silva Neto, tinha agendado fazer o anuncio da decisão final no próximo dia 21.