Brasil - A eleição inconstitucional de Suzana Antônio Inglês só prova que o MPLA não sabe o que fazer com  “tanto”  poder,  não necessariamente por ser excessivo, mas por  fazer do mesmo um símbolo pessoal, caduco e  a serviço de uma vaidade.  Em que quem é descriminado e desqualificado diante desta ( a vaidade),  não é mais o infeliz cidadão angolano, mas as próprias instituições do Estado, que a  cada momento precisam provar diante da opinião pública  que estão aí porque têm alguma importância.  A importância que os corruptos, de momento a momento, ignoram e  atropelam. O pacato cidadão angolano, até aquele que ainda lê o Jornal de Angola, escuta a Radio Nacional e sem alternativas assiste a TPA, transformou-se  num bicho, diante do Poder Pessoal dos corruptos comandado pelo Presidente da República.


Fonte: WWW.blogdonelodecarvalho.blogspot.com

Para governar não basta legitimidade é preciso requisitos

O Partido, o MPLA, tinha tudo  para ser um exemplo de democracia, se não fosse pelo tomate podre, JES, que optou em proteger  e salvaguardar. Proteção de que o mesmo usa e se aproveita porque tem medo de cair em inglória ainda em vida; proteção que usa para justificar e prolongar o seu fim decadente, que tarde ou cedo vamos ter que festejar.


A verdade é que ele não sabe quando e como vai terminar, por isso, tudo que ajude a contribuir e a perpetuar  seu oportunismo de Estadista é absorvido de maneira irracional, pondo uma nação inteira, às vezes, em pé de Guerra. Porque é naquele oportunismo de Estado e de Governação onde sempre estão as qualificações, desqualificações  ou adjetivações: de quem são os inimigos da pátria, quem são os que estão ou não a favor de um suposto projeto que só cabe no sonho deles. Projeto que vem sendo executado há mais de 33 anos e até hoje só rendeu lucros aos amigos e aos familiares, se rendeu mesmo. Porque até estes, tenho minhas dúvidas se muitos deles são tão felizes assim. A não ser que a irracionalidade carcomeu o cérebro de todos os apadrinhados.


A legitimidade quem ganhou nas eleições foi o MPLA,  não foi o corrupto nem os subordinados que aí vemos se submetendo a constrangimentos. Aquela cadeira, na Comissão Nacional Eleitoral, pode sim ser ocupada por um militante do MPLA, desde que o mesmo oferecesse requisitos. E requisitos é o que falta aos atos do poder Executivo, transportado por um cavalo de força chamado MPLA.


Para governar não basta legitimidade é preciso requisitos que agrade a todos, e na medida do possível, agradar significa cumprir regras e leis. Estas  duas (leis e regras) ajudam a aproximar governados e governantes de tal forma que o  respeito a todas as forças políticas, sem a necessidade de serem rotuladas antipatrióticas ou de estarem a serviços de forças reacionárias estrangeiras, sempre com o objetivo de derrubarem o Estado Angolano, se torne uma realidade. Ainda que este espaço seja o mínimo possível. Ainda que a quantidade de recursos seja, também, mínima. E, finalmente,  mesmo que as opiniões proliferem. Mas o que ficará no fim de tudo isso é o respeito  às leis.


Vamos repetir, sim, o que dissemos: O MPLA  tem direito aquela cadeira, mas não precisa ocupar a mesma de maneira e  de forma truculenta, é só fazer cumprir as regras e os requisitos, e saber esfregar na  cara da oposição o direito que recebeu das urnas de forma legítima. E  evitar que sempre  estes  cargos sejam atribuídas às  amigas ou parentes do camarada  presidente, ou dos antigos guerrilheiros do MPLA. Dá  uma certa repugnância  saber que todas as decisões, até hoje, no MPLA, devem passar por estes. A exceção só acontece quando aquele é  um  “agregado”  do nosso ex-guerrilheiro ou  comandante.


A Democracia não se faz só entre amigos. Ela existe precisamente para isso: equilibrar interesses e ambições num só espaço, sem a necessidade de se diabolizar  os adversários.