Luanda - A eficácia do governo está profundamente entrelaçada com a forma como se comunica com os cidadãos. Muitas vezes, os problemas enfrentados pelo governo não residem nas políticas em si, mas na falta de uma comunicação clara e eficaz. Como cidadão verifico diversos programas e politicas, projectos concluídos e vários em curso, mas fica a ideia para sociedade que as coisas estão paradas, nada se faz ou se faz pouco, acredito que poucos saibam com clareza e detalhes sobre que é o PIIM – SIMPLICA 2.0 - PAC - KWENDA – PRODESI – PLANAGRÃO – NJILA – PAPE dentre outros mais, deixar claro que neste artigo desejo explorar os principais pontos da comunicação institucional e oferecer insights sobre como o governo (executivo) pode melhorar sua comunicação para servir melhor aos cidadãos.

Fonte: Club-k.net

Transparência e Acesso à Informação


Em Angola não temos uma lei de direito a informação publica ou o dever das instituições públicas fornecerem dados ou informações sobre relatórios ou quadros, actividades administrativas, mais grave a submissão de informação para os meios de comunicação social para informação pública a sociedade. A transparência governamental não apenas fortalece a confiança dos cidadãos, mas também ajuda a prevenir a corrupção e o abuso de poder. Além de divulgar informações sobre políticas e gastos, o governo também pode implementar políticas de dados abertos, disponibilizando um conjunto de dados governamentais para o público em formatos acessíveis e reutilizáveis.


Clareza e Simplicidade

A comunicação simplificada não significa simplificar demais os problemas complexos. Em vez disso, envolve traduzir informações técnicas em termos compreensíveis, temos uma sociedade que precisa ser educação e estimulada a pensar mais e analisar melhor cada fenómeno e factores, fornecendo exemplos concretos e contextualizando as informações para torná-las relevantes para a vida cotidiana dos cidadãos. A criação de materiais educacionais, como folhetos informativos e vídeos explicativos, pode ser uma estratégia eficaz para alcançar esse objectivo.

Engajamento e Participação


O engajamento cidadão pode assumir várias formas, incluindo consultas públicas, fóruns comunitários, petições online e iniciativas de crowdsourcing. É importante não apenas recolher o feedback dos cidadãos, mas também garantir que esse feedback seja levado a sério e integrado ao processo de tomada de decisões. Além disso, o governo pode utilizar.

ferramentas de engajamento online para ampliar a participação, especialmente entre grupos sub-representados.


Utilização de Tecnologia

Embora as tecnologias digitais ofereçam muitas oportunidades para melhorar a comunicação governamental, também é importante reconhecer as limitações do acesso digital. O governo deve adotar uma abordagem inclusiva, oferecendo opções alternativas para aqueles que não têm acesso à internet ou que preferem meios de comunicação tradicionais. Além disso, é crucial garantir a segurança e a privacidade dos dados dos cidadãos em todas as plataformas digitais.


Educação e Capacitação:**

A educação cívica não se limita apenas à disseminação de informações, mas também envolve o desenvolvimento de habilidades críticas e a promoção da participação activa dos cidadãos na vida política e social. Isso pode incluir o ensino de pensamento crítico, habilidades de pesquisa e advocacy, bem como a promoção da diversidade e inclusão nas discussões políticas e decisões governamentais.


Ao integrarmos todos esses elementos em sua abordagem de comunicação institucional, o governo pode construir uma base sólida para o envolvimento cidadão e a boa governança. A comunicação transparente, clara, participativa, tecnológica e educativa não apenas fortalece a legitimidade do governo, mas também promove uma sociedade mais informada, engajada e empoderada, que na qual é o objectivo deste artigo, para o bem de todos e do país, os homens passam e as instituições permanecem.


Mário Chuva
Professor Universitário de Marketing