Lsiboa -  João Batista Tchindandi, um dos mais celebres  generais  que serviu as  extintas FALA, remeteu recentemente uma carta a direcção da UNITA,  informando  sobre a sua desvinculação partidária da agremiação formada por Jonas Malheiros Savimbi.


Fonte: Club-k.net

Para o MPLA não lhe dificultar nos negócios

Até 2008, o general “Black Power”, como é popularmente conhecido esteve ao servir do governo angolano no âmbito do GURN, onde exerceu o cargo  de governador do Kuando Kubango, sua terra natal e que ao tempo de Savimbi, fora o seu secretario provincial.   Enquanto dirigente maximo naquela província, este general na reforma,   viu caminho aberto para o campo  empresarial tendo agora interesses no ramo da construção civil.


A sua renuncia a UNITA obedeceu a cálculos  destinados  a evitar  futuras dificuldades que as autoridades lhe pudessem  causar nos seus negócios.  Nas hostes do regime, circulam informações segundo as quais   terá recebido proposta para regressar ao governo depois das eleições,  mas nas vestes  de consultor presidencial para as questões da província do Kuando Kubango.


O assunto  da sua renuncia a UNITA ainda não foi noticiado na imprensa estatal  angolana, mas entretanto há estimativas segundo as quais, o MPLA tenciona integrá-lo num grupo de pessoas que a mais de quatro anos  abandonaram o maior partido da oposição e que   serão apresentadas na véspera da campanha eleitoral.


Embora  seja mais militar que  político, o  general “Black Power”, foi por altura da morte de Jonas Savimbi, o oficial das FALA que combatia nos corredores do Kuando Kubango. Em finais de 2001, num período apertado para os rebeldes, os  Serviços de Inteligência  Militar das FAA, estavam em posse de  informações que o apresentavam como o general de Savimbi que havia comprado no mercado informal, na Zambia,  um lote de trinta mil munições de espingarda de assalto Kalachnikov de 7,62 milímetros  afim de reabastecer os seus guerrilheiros. É por esta “valencia” que militares do regime passaram a respeitá-lo.