Lisboa - Um memorando independente sobre a avaliação do desempenho do governo provincial do Uíge identifica naquela região ao norte de Angola, um ambiente de cíclicas crises administrativas, e incompatibilidades precipitadas pelo surgimento de um alegado sistema de cabritismo. Tais crises/crispação deram azo ao avolumar de criticas ao titular do executivo provincial e líder do MPLA local, Paulo Pombolo.
Fonte: Club-k.net
Paulo Pombolo é reconhecido como um governador aplicado apesar de ultimamente o apresentarem como não gostando de ser contrariado. De entre as criticas em torno da sua gestão alude-se o surgimento de um suposto “cabritismo” que tem sido fonte de contradições entre o governador e os seus principais colaboradores (entendam-se administradores municipais). Apesar dos municípios serem unidades orçamentais independentes, invoca-se que as referidas verbas são geridas pelo gabinete do governador.
Como exemplo de episódios de “cabritismo”, o governador é apontado como tento elaborado recentemente, uma lista de empresas ao qual dava prioridade a empresas ligadas aos seus filhos e amigos para prestarem serviços na província. As referidas empresas estão habilitadas a fornecer merenda escolar, recolha de lixo (tecnovia, ligada ao mesmo em parceria com brasileiros), construção civil (L&L Engenharia ligada ao seu filho), distribuição de medicamentos, e etc.
No seguimento de crispações e incompatibilidade que ocorrem na província do Uíge, há conhecimento de que há dias, o governador tentou exonerar um administrador por este ter recorrido a um fornecedor chinês para apetrechar a farmácia de um hospital local. O referido hospital é referenciado como estando a debater-se com problemas de falta de energia e água. Há um mês, uma professora Cubana morreu, nesta mesma unidade hospitalar, por falta de oxigênio.
De entre os seus colaboradores mais próximos, o governador Paulo Pombolo, é igualmente citado como tendo se incompatibilizado com a sua Vice-Governadora provincial para o Sector Político e Social, Maria Fernandes da Silva e Silva, a quem tencionava pedir o seu afastamento do cargo. O episodio sucede a outro idêntico ocorrido há um ano em que o governante solicitou ao Presidente da Republica, a exoneração do seu antigo Vice-governador Para a área econômica, Manuel Correia Victor.
O ambiente de crispação na província do Uíge é extensivo aos quadros que o governador levou para trabalharem consigo naquela localidade, ao partido e junto de departamentos províncias. O Director da comunicação social, João Andeiro a quem recai suposições de não ser do MPLA é acusado de ter dividido a classe jornalística. Este, devido a um suposto problema que tem com o delegado da TPA, não atribuiu o prêmio de jornalismo a este órgão, mesmo tendo apresentado os melhores trabalhos. Optou por atribuir o prêmio a uma jornalista de línguas nacionais que não concorreu para o concurso.