Sumbe – Com a maior extensão geográfica e uma população de mais de 35 mil habitantes, o Gungo é uma das comunas com potencial agrícola invejável. É das três comunas do município do Sumbe que dista há mais de 100 quilómetros da sede capital da província.

*Fernando Caetano.
Fonte: Club-k.net
Para se chegar a sede comunal do Gungo a partir do Eval Guerra na estrada nacional 100, só de motorizada, mas com todos os riscos possíveis.

 

Os 35 quilómetros que separam a sede comunal da estrada nacional 100, é um verdadeiro exercício de heroísmo por este facto. As populações preferem galgar esta distância a pé e como já referimos, se fôr de motorizada, os valores rondam cerca de oito mil kwanzas por viagem.

 

A degradação total da principal via de acesso, preocupa igualmente o administrador do município do Sumbe, Manuel Jorge dos Santos “Boavida”, que anunciou uma mão cheia de projectos para alavancar o sector agro-pecuário na região.

 

“Um dos grandes problemas para o desenvolvimento da comuna do Gungo passa pelas vias de comunicação”, reconheceu Boa vida.

 

A comuna está numa zona bastante acidentada, ou seja, há cerca de 1500 pés do nível do mar e, o administrador vai dizendo que a sua assistência torna-se um pouco difícil uma vez que só por via aérea se pode chegar facilmente àquela localidade.

 

“A sua assistência nos fica muito complicada porque os 35 quilómetros do Evaal Guerra para o Gungo está extremamente danificada, logo há problemas de escoamento das mercadorias. Temos vindo a lutar com medidas paliativas mas, passaria por medidas definitivas”, disse, acrescentando que “felizmente está escrito no PIP deste ano a reabilitação da estrada”.

 

“Nós queremos relançar um grande projecto agrícola para o Gungo. Queremos fazer do Gungo o grande produtor de café. Antes no tempo colonial o Gungo era um grande produtor de sisal, hoje o sisal já não dá dinheiro porque as indústrias de produção de sacos de sisal e outros artefactos já não existem. Temos mudas preparadas para o efeito”, revelou.

 

Além deste, existe outro sector onde a administração pretende apostar seriamente segundo Manuel Jorge dos Santos. “O outro sector que queremos levar é a produção animal dos pequenos ruminantes. A maior parte das galinhas nacionais que se comem no Sumbe vêm do Gungo. Eles são grande potencial das aves domésticas e grande potencial na criação de caprinos então, nós queremos relançar essa produção a nível do Gungo inclusive, temos já animais preparados para o relançamento deste desiderato. Dentro de dias iremos fazer entrega aos camponeses para multiplicação”, rematou.