Luanda - O presidente da Federação Angolana de Futebol (FAF), Artur Almeida e Silva, disse que é inadimssível, uma selecção que participa nesse tipo de competição, chegar ao local sem qualquer orçamento.


Fonte: Angonoticias

 

Alguma coisa vai mal no país


"Nós estamos aqui em representação da Nação. Estamos em missão de Estado e somente ontem foi que recebemos um terço do que deveriamos receber, quando nós, nos preparmos antecipadamente", sublinhou Artur Almeida e Silva.


Segundo ainda àquele responsável desportivo, para manter a seleção na competição, a organização que dirige tem estado a recorrer a emprestimos. " Isso é o que tem acontecido. Infelizmente", frisou.


No que toca ao estágio no Dubai (Emiratos Arabes Unidos), Artur Almeida, fez saber que em Luanda era impossivel, tudo porque o mesmo (o estágio), seria três ou quatro vezes mais caro. "As pessoas não têm noção daquilo que se passa. É uma pena, mas as pessoas têm de saber que nós estamos a fazer essa campanha sem orçamento", disse, acrescentando que alguma coisa vai mal no país.


"Não é possivel. Tratar o desporto dessa forma e, em particular o futebol?", questionou. "Olha, desta forma não vamos a lugar nenhum", lamentou.


"Os senhores não imaginam o sacrificio que temos de fazer para que tenhamos aqui essa representação. É a Nação em causa mas infelizmente as pessoas não têm noção. Mas graças a Deus, a moral é bastante alta e, nós não temos condições nenhumas para nos calarmos. Temos de falar aquilo que é a verdade", rematou.


Dizer que para o confronto desta sexta-feira, diante dos nigerianos, que pode resultar na qualificação inédita para as meias-finais, os Palancas Negras podem contar com uma maior avalanche de apoiantes angolanos em função de uma excursão em organização no país.


Até agora, Angola conta com um percurso sem mácula nesta 34ª edição do evento: empatou na primeira jornada do grupo D com a Argélia (1-1), candidata ao título, seguiram-se os triunfos diante da Mauritânia (3-2), Burkina Faso (2-0) e Namíbia (3-0).