Luanda - As redes sociais vivem conosco e nós vivemos com elas, uma relação muito pessoal que nos desperta a atenção sobre o ambiente a nossa volta. Apresentam-se como novos veículos de recessão e difusão de informação, suas dinámicas influenciam profundamente sobre a nossa posição no tempo e no espaço, nosso modo de vida, o que vestimos, o que comemos, nossa orientação sexual, nossa visão política e nosso apanágio sobre o futuro. São tão penetrantes que hoje é possível saber mais sobre o indivíduo pelo que ele partilha nas redes sociais do que é dito em uma entrevista presencial. Estas nuances estão a transformar a sociedade, obrigando a alteração do padrão de convivência social tradicional por um que ainda é difícil identificar em função da rapidez da inovação das plataformas digitais que se fazem suportar as redes sociais. Todavia, se por um lado elas conectam facilmente o mundo, elas também têm a capacidade de criar problemas sérios no tecido social. Por este motivo, decidimos escrever o presente texto, no sentido de alerta sobre os distintos problemas que acarretam o mau uso das redes sociais, referenciando específicamente o fenómeno da desinformação que está em alta no seio da população angolana e que perigosamente tem originado a distorção da realidade, pela quantidade de informações enganosas que temos acesso no dia-a-dia por intermédio das redes sociais. 

Fonte: Club-k.net

“O público não quer a verdade, mas a mentira que mais lhe agrade” - Inês Narciso e Ana Costa


Introdução: Vivemos actualmente numa sociedade ilusória por tanta informação falsa disponibilizadas nas plataformas digitais, que são tidas como ferramentas de disseminação de infomação e de conteúdos, em função do advento das novas tecnologias de informação e comunicação, que trouxe consigo novas perspectivas sobre como nos comunicamos hodiernamente. A velocidade em que uma informação é difundida nestes espacos, mostra que de facto não podemos ignogar estes novos instrumentos que vão solidificando cada vez mais o argumento de que informação é poder ainda que seja produzida de forma incorreta.


Dentro da lógica da «democratização da informação», hoje individualmente temos o poder de produzir, tratar e difundir determinada informação seja ela de relevância política, económica, social e mesmo até sobre de segurança, o que de certa forma reduz a capacidade de controlo do que é partilhado, pois é comum nos dias actuais, cidadãos terem acesso a dados sobre determinada ocorrência e difundirem-na pelas redes sociais antecedendo muita das vezes os órgãos competentes. Consequentemente, muitas destas informações contêm conteúdos falsos que deturpam a realidade, alterando assim a sua real mensagem e isto de per si representa um perigo.


Só para termos uma ideia, segungo (Katya Vogt.2023) , numa análise de 2021, descobriu que a cada minuto, as pessoas em todo mundo enviaram 2 milhões de mensagens pelo snapchat, assistiram a 167 milhões de vídeos no Tik Tok e transmitiram quase 700.000 horas de conteúdo de vídeo no YouTube. Todavia, muita destas informações foram manipuladas, a maioria delas é falsa, incompleta, de má qualidade e fora de contexto; contém discurso de ódio, inclui teorias da conspiração e foi projectada para que continuemos fazendo a rolagem , assistindo e clicando. Neste contexto, a capacidade que possuimos para produzir uma informação seja ela resultado de um facto social, político ou mesmo criminal, só será apreciada ou cumprirá o seu verdadeiro papel se a mesma for difundida pelas vias adequadas e fora deste prisma a informação corre sempre o grande risco de transformar-se em desinformação.


Então o que é a Desinformação?
Existe uma variedade de conceitos sobre o que é a desinformação (desinformation ou misinformation em língua inglesa), estes grativam todos em volta dos elementos propostos por (Narciso e Costa, 2021), que são; a informação falsa, disseminação deliberada, a intenção de enganar, baralhar e influenciar. A (UNESCO 2019), no seu Manual para Educação e Treinamento em Jornalismo, intitulado “Jornalismo Fake news e Desinformação”, trouxe a reflexão sobre a desordem da informação, onde ilustra as variações existentes entre a informação incorreta, a má informação e a desinformação. Nele exclarece que a primeira geralmente é a informação falsa que a pessoa divulga por acreditar ser verdadeira, a segunda é aquela informação baseada na realidade, mas usada para causar danos a uma pessoa, organização ou país, já a última (desinformação), é uma mentira intencional e deliberada e resulta em usuários sendo activamente desinformados por pessoas maliciosas. (UNESCO, 2019, Pgs 47-48).
Além destes dois contributos, das pesquisas efectuadas, identificamos o conceito da Dra. (Katya Vogt.2023) que nos parece mais realista, sendo que a mesma considera a desinformação como uma manifestação de informação ruim e manipuladora que está particularmente preocupada com intenções malignas e a ganhar poder. Todavia, deve-se ter atenção para não confundirmos desinformação e propaganda, pois que ainda que as duas servem-se de informações falsas, a sua diferença está nas características, enquanto a desinformação apresenta-se meramente informativa, a propaganda é mais incisiva e puramente emocional que vem a tona quando o trabalho de desinformar ter sido bem feito.

 
Funcionamento e actores da Desinformação
De acordo com (Silva.2022), a desinformação é estruturada de tal maneira, que ela inspira confiança no consumindor e afecta a sua opinião, suas decisões ou comportamento geral, de acordo com os objectivos pretendidos pelos criadores de desinformação. Espalhar desinformação não é muito diferente da propagação de uma infecção viral, primeiro de pessoa para pessoa, depois grupo para grupo e finalmente a população de um país ou continente inteiro para outro, através de destribuição de notícias falsas pelas redes sociais como o Facebook, Twitter ou Instagram que juntos podem lançar um modelo epidêmico enquanto que a mídia tradicional pode incorrer, por engano, ou para fortalecer uma mentira, ampliando a cobertura de notícias falsas.


Este processo proporciona um ambiente apropriado para a uma sociedade onde as pessoas acham que sabem alguma coisa, no entanto é tudo uma ilusão de percepção da realidade, ou como referiram (Chomsky e Herman.2003) “vivemos em uma sociedade amorfa”. Somos amorfos porque há uma enorme incompatibilidade entre o que achamos que sabemos sobre as coisas e o que realmente sabemos. Não há ousadia pior do que aquilo que emerge da ignorância.


Somos atraídos pelas informações que nos fazem sentir validados nas nossas crenças, usando a tendência de confirmação e as redes sociais foram desenvolvidas em incentivos sociais como: Pertencer, ser apreciado, envolver-se e conectar-se. De acordo com (Narciso e Costa, 2021), uma vez que actualmente passamos a ter a internet e as redes sociais como a primeira fonte de notícias e informação sobre tudo aquilo que ocorre na nossa sociedade, configura a principal via pela qual é feita a disseminação. Os desinformadores lançam campanhas coordenadas distribuindo as mesmas mensagens, fotos, e vídeos em várias plataformas redes tradicionais e sociais e muitas centenas de contas para inundar a zona. O objectivo é convencer as pessoas de que é verdadeiro, já que a mesma informação está sendo verificada em vários lugares.


Moldam as opiniões das pessoas sobre a saúde pública, as eleições, a governança e o progresso científico e têm maior abrangência por promoverem o discurso desinstitucionalizado, que faz com que sejam os canais de eleição para dissiminar a desinformação aproveitando da pouca confiança que a população nutre pelas instituições, sejam elas públicas ou privadas. Por outro lado, confiamos e partilhamos informações provenientes de uma conexão usando o viés de afinidade e tendemos a acreditar em informações que nos soam familiares, sendo vítimas da tendência da repetição. Quanto mais repetitiva for a informação falsa e partilhada em diversas plataformas digitais, pode de acordo com (Narciso e Costa, 2021), não só reforçar as ideias já existentes como também a resistência a mudar de opinão mesmo que esteja comprovadamente errada. Este é o real perigo, mente-se tanto nas redes sociais que a mentira gratuita tornar-se uma verdade venenosa. A desinformação pode ser espalhada por meio de: publicações relativas a um determinado acontecimento, Memes, GIFs, Fotos, áudio e vídeo. Offline, através de jornais, rádio e televisão, correio e até mesmo presencialmente.


Quanto aos actores, segundo a Dra. (Katya Vogt.2023), a desinformação é uma ferramenta de organizações extremistas violentas, oligarcas e outros interesses empresariais poderosos e muitos outros que se beneficiam da manipulação da opinião pública , por belicistas que deturpam informações durante conflitos, políticos que encenam campanhas direccionadas para difamar opositores nas eleições. A desinformação é difundida por uma variedade de entidades e indivíduos diferentes, alguns coordenados e outros por conta própria, agindo de má fé. É impulsionada por governos, partidos políticos, empresas e corporações indivíduos, bots , troll factories e corporações de IA- Inteligência Artificial que contrastam muito a realidade virtual nos dias actuais. Sites de inteligência artificial como a elevenlabs e a HeyGen.labs, podem ser armas muito perigosas em mãos de pessoas más intencionadas, a elevenlabs por exemplo, é especializada em reproduzir audios através da captação de voz de pessoas e adapta-la em outros conteúdos, dando a opção de escolher a língua a ser aplicada no conteúdo, é muito usada no TikTok, enquanto que HeyGen.labs, é especializada na produção de vídeos de realidade virtual em que a inteligência artificial reproduz instantâneamente vídeos e imagens captadas de uma pessoa real e transforma em um produto indêntico falso, é como se estivessemos a visualizar uma determinada pessoa sem notarmos se tratar da inteligência artificial.
Imaginemos que uma pessoa com experiência digital adultera um conteúdo oficial de um governante e passar uma informação falsa a milhares de usuários de redes sociais levando os mesmos acreditarem tratar-se de um acto oficial como o caso do deep fake do ex Presidente norte americano Donald Trump sendo preso e a fazer exercício na prisão! São estes os perigos que corremos.


Exemplos de deep fake:

Deep fake de Donald Trump sendo preso pela Polícia, em função do processos-crime em que é arguidoh . 

Ao que referimos anteriormente, são imagens muito reais que podem confundir, influenciar e criar visões deturpadas por parte de pessoas sem literacia digital.
Por outro lado, a desinformação é disseminada também por utilizadores isolados que inocentemente partilham sem no entanto saberem que trata-se de uma informação falsa devido a pouca literacia digital e por jornalistas que comumente são pressionados a publicar seus artigos em plataformas digitais para obter mais reações perante uma informação que virou destaque ou trend que no entanto é falsa.

Os desafios para Angola

Em Angola as redes sociais mais utilizadas são o Facebook, whatsapp, Instagram, twitter, snapchat o Tik Tok, a plataforma Youtube e o Linkedin, que albergam milhares de subscritores e onde são partilhadas centena de milhões de conteúdos por hora. Nos é difícil saber exactamente quantos angolanos possuem contas nestas platarformas, mas estamos certos de que o número vem crescendo exponencialmente tendo em conta a própria dinámica da era digital, o que pressupõe dizer que não estamos isentos do ataque da desinformação.


No nosso contexto, para percebermos quão profundo a desinfomação abalou-nos, lembremos a crise da pandemia da Covid19 que afectou o mundo e em particular Angola. Antes do Governo de Angola ter anunciado os dois primeiros casos do vírus SARS-Covid19, no dia 21 de Março de 2020, pela Ministra da Saúde Dra. Sílvia Lutucuta, milhares de informações deturpadas e falsas já circulavam meses antes, em virtude da população ter tido pouca ou mesmo nenhuma informação sobre a nossa realidade face a circulação do vírus, o que gerou um clima de pánico generalizado no seio da população. Pessoas de má-fé desinformaram tanta gente que os consumidores desacreditaram os primeiros anúncios feitos. A questão agravou ainda mais quando dias depois o Presidente da República de Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, decretou o Estado de Emergência, colocando toda população em confinamento domiciliar, em cumprimento de uma medida da OMS adoptada pela maioria dos países, no sentido de impedir a circulação comunitária do vírus, a medida que iam sendo feitas as actualizações da situção da pandemia no país pela comissão interministerial, nas redes sociais circulavam informações que contrariavam os números de casos oficiais, criou deste modo um clima de incerteza sobre o nossa situação real relativa a circulação do vírus.


Na tentativa das Nações mais avançadas tecnológicamente em produzir vacinas para erradicar o vírus, vários conteúdos desinformantes foram partilhados sugerindo que as vacinas produzidas causariam efeitos secundários fatáis à população mundial e propunham que ninguém as tomasse e em Angola não foi a exceção, uma vez que após o esforço que o Governo de Angola fez para adquirir as respectivas vacinas, organizaram-se os postos de vacinação, todavia, em virtude da desinformação circulada, resgistou-se fraca aderência aos postos de vacinação por parte da população no primeiro mês, obrigando o executivo a adoptar medidas de apelo a vacinação.


Postos de vacinação contra a Covid19, ilustrando a adesão da popupação .

Por outro lado, como vimos anteriormente, (Chomsky e Herman.2003), referiram que “não há ousadia pior do que aquilo que emerge da ignorância”, neste contexto, refletindo a afirmação destes dois filósofos, podemos dizer que diante de uma crise a população desinformada é um autêntico ingrediente para que uma sociedade colapse. A desinfomação colapsou o Ruanda onde gerou o genocídio ainda que por canais diferentes, Angola pela pouca literacia digital entre os usuários de redes sociais, a desinformação encontrou um espaço bastante fértil, pois os desequilíbrios sociais, os problemas sociais como a fome e a pobreza, têm gerado prepositadamente conteúdos de ódio, intolerância, desrespeito as autoridades e suas instituições públicas.

 

Como exemplo, temos a imagem a baixo que ilustra o perigo da desinformação:


A imagem acima está em alta nas redes sociais com várias partilhas, porque alguém decidiu deliberadamente alterar o contexto que ela representa. Na tentativa de produzir um Meme, o desinformador sugere que até um agente do SIC (Serviço de Investigação Criminal de Angola), face as vicissitudes do quotidiano recolhe comida do lixo enquato que na verdade, a foto foi feita no momento em que os especialistas deste órgão de investigação criminal procediam a remoção de um feto abandonado inapropriadamente em um contentor de lixo em plena via pública.


Entretanto, tem se dito que o silêncio perante uma informação falsa por parte de uma instituição ou pessoa singular a que o conteúdo se refere, também é uma forma de dissiminar a desinformação e a nossa realidade em concreto, apesar de existirem órgãos como a Polícia Nacional de Angola e o Serviço de Investigação Criminal que por meio de seus Spokesmen informam a população sobre o resultado das suas actividades que estão fundamentalmente ligadas a securitização da sociedade, evitando especulações sobre as ocorrência criminais, existem outras instituições que quando se deparam com conteúdos a desinformar sobre um determinado assunto que lhes dizem respeito, as mesmas mantêm-se em silêncio cadavérico, dando pernas para que o roteiro desinformativo se alastre.


Estamos de facto diante de um problema sério e que deve ser debatido frequentemente, de modos que possamos criar métodos para combater este fenómeno porque a desinformação é tão perigosa quanto um avião em queda livre com centenas de passageiros a bordo, aliás, é um verdadeiro desastre.


Como combeter a desinformação?
Apesar de muito complexo, existem algumas técnicas que devem ser observadas quando nos deparamos com informações ou conteúdos disponiblizados nas redes sociais. A Dra. (Katya Vogt.2023), recomenda o seguinte: Desconfie do que você lê e vê, verifique o vídeo ou foto, coloque-o na pesquisa reversa de imagens do Google para rastear a origem. Se um indivíduo em vídeo tiver os olhos de aparência achatada, movimentos estranhos dos lábios e se for de baixa qualidade, provavelmente é um “deep fake”. Para as notícias, verifique sempre os sites se são oficiais ou não.


Por outro lado, a (UNESCO. 2019), considera que apesar de não ser posível determinar com total certeza a origem de um conteúdo visual desinformador, é possível verificar as chamadas bandeiras vermelhas, que são:


Hora errada/lugar errado: Referindo-se a conteúdos antigos que são reutilizados para referenciar factos novos contendo informação falsa. Para desqualificar este tipo de conteúdo, se tratar-se de um vídeo, pode ser usado a geolocalização que através das referências visuais cruzadas pode-se aferir a localização em que foi produzido o conteúdo.


Análise forense de imagens: Ferramentas como Forensically , Photo Forensics e IziTru , podem ser úteis na detecção de clones e a análise do nível de erros.
Pesquisa reversa de imagens: O manual recomenda que usando o Google Reverse image Search, TinEye ou o RevEye , é possível verificar se uma imagem foi reciclada. Permitem aferir se um ou mais bancos de dados de imagens mostra uma imagem já existente antes de um evento reivindicado.
Análise da conta do Facebook : Através da ferramente online Intel Tchniques , é possível descobrir mais sobre uma fonte analisando sua conta do Facebook.

Análise da conta do Twiter : Usando o guia da AfricaCheck , é possível descobrir mais sobre a fonte, analisando seu histórico social e assim identificar se é um bot que está a tweetar.


Análise no Youtube : De acordo com o manual, não há pesquisa reversa de vídeo publicamente disponível, mas ferramentas como o Youtube Data Viewer, InVid e NewCheck , podem detectar miniaturas de vídeo para vídeos do Youtube e uma pesquisa de imagem reversa dessas miniaturas pode revelar se versões anteriores do vídeo foram enviadas, mostrando a hora exacta em que foi feito o primeiro upload.


Em suma, estas são as vias que nos podemos servir para verificar conteúdos nas redes sociais, não obstante existirem outras mais complexas que exigem um nível de literacia digital elevado, pois requerem exames laboratóriais e de mais procedimentos.

Conclusão
As redes sociais por sí só não representam um perigo, a forma como as usamos é que podem de alguma forma alterar o propósito pelo qual foram criadas, abrindo um fosso tão profundo capaz de danificar o tecido social. Neste artigo, verificamos que a desinformação é um desses fossos que se não for controlada continuará a trazer problemas sérios no que diz respeito a forma como nos comunicamos actualmente.


Durante o artigo foi possível aferir que a desinformação ganhou novas formas e com isto mais poder, possui novos canais de produção, ou seja, o avanço das tecnologias digitais revolucionaram a forma de informar, entretanto, uma nova forma de informar maliciosa e oportunista. O uso da inteligência artificial torna tudo mais perigosa a questão, porque vai dificultando ainda mais identificar conteúdos falsos, mesmo para pessoas que possuem certo conhecimento a respeito e em função disto a desinformação está a transformar a sociedade tradicional em sociedade líquida, porque estamos a tornar-nos mais intolerantes, proferimos muito discurso de ódio por tudo quanto é canto, destruindo os pilares da vida em sociedade democrática.


Verificamos de igual modo, que a falta de literacia digital tem permitido que conteúdos falsos sejam constantemente partilhados e faz-se necessária a divulgação das técnicas de verificação de conteúdos mais simples para identificar a desinformação ou as “bandeira vermelhas”, como as que vimos durante o presente artigo, outrossim, uma vez que a sociedade angolana tornou-se bastante sedenta e exigente na obtenção de informações oportunas sobre deversos assuntos que relacionam a população e instituições que regem a vida em sociedade, devem os entes públicos e não só, redobrarem os esforços neste sentido, assim estariam a proteger a população dos malifícios da desinformação que pairam nas redes sociais.


Portanto, o aspecto mais importante é o exercício que cada um de nós consumidores de conteúdos digitais devemos fazer ao partilhar determinas informações, o senso de responsabilidade de ser o limite entre a verdade e a mentira, para não influenciarmos negativamente as pessoas.
Não seja um desinformante, a tua mentira custará uma Nação. 


Referências Bibliográficas

CHOMSKY, Noam, HERMAN, Edward S (2003). A manipulação do público.S.I.Futura.
NARCISO, Inês e Costa, Ana. (2021). Fatores de vulnerabilidade da sociedade Portuguesa à Desinformação.Lisboa.
SILVA, Fabiano C.C. (2022). Sociedade da Desinformação.LOGEION Filosofia da Informação.Rio de Janeiro.
Katya Vogt.(2023). Combatendo a Desinformação” da Rede YALI (Young African Leadership Initiative do Departamento de Estado dos Estados Unidos de América.
UNESCO (2019), Jornalismo Fake News e Desinformação. Manual para Educação e Treinamento em Jornalismo. Paris.
Sites consultados
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http://www.izitru.com/-
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https://www.google.com/amp/s/g1.globo.com/google/amp/tecnologia/noticia/202303/23/imag ns-falsas-criadas-por-ia-que-mostram-donald-trump-sendo-preso-viralizam-nas-redes-sociais.ghtml-
https://www.governo.gov.ao/noticias/117saude/ultimas-24-horas/mais-de-quatro-mil-cidadaos-imunizados-contra-covid19-