Luanda - A escalada do conflito entre o Irão e Israel já se avizinha. Mais de 40 mil palestinos mortos na ofensiva israelita em Gaza desde 7 de outubro de 2023. Segundo a Bíblia no livro de Tiago 3:6 aí lemos que a língua é fogo; é um mundo de iniquidade; a língua está localizada entre os órgãos do nosso corpo, e pode contaminar a pessoa por inteiro, e não somente põe completamente em chamas o curso da nossa existência, como acaba, ela mesma, incendiada pelo inferno. (Tradução de João Ferreira de Almeida Atualizada).

Fonte: Club-k.net

A linguagem atual dos líderes da região, não reflete iniciativas de paz. Todo analista atento, sabe que o Médio Oriente, é uma região de importância significativa para os Estados Unidos (EUA) devido à sua localização estratégica e abundância de recursos naturais, especialmente o petróleo. Os EUA mantiveram uma forte presença na região após a Segunda Guerra Mundial, o que levou a uma relação complexa com os países do Médio Oriente. Apesar dos esforços dos EUA para manter uma relação positiva com a região, as tensões aumentaram entre os EUA e o Médio Oriente ao longo dos anos. Existem muitas razões para esta tensão, que podem ser amplamente categorizadas em questões económicas, políticas, sociais e culturais.

Fatores Econômicos


Os factores económicos também desempenharam um papel significativo na tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente. As políticas económicas dos EUA na região têm sido criticadas por exacerbarem a desigualdade e a pobreza. Os EUA apoiaram políticas de mercado livre na região, que resultaram na privatização de indústrias estatais e na desregulamentação dos mercados. Estas políticas têm sido vistas como beneficiando as empresas multinacionais em detrimento das populações locais, o que tem alimentado muito ressentimento em relação aos EUA.


A dependência dos EUA do petróleo do Médio Oriente também tem sido uma fonte de tensão. Há muito que os EUA dependem do petróleo do Médio Oriente para satisfazer as suas necessidades energéticas, o que levou a acusações de exploração e interferência nos assuntos da região. O apoio dos EUA a regimes autoritários que são amigáveis ​​aos interesses empresariais americanos tem sido visto como hipócrita e tem alimentado sentimentos antiamericanos.

Fatores Políticos


Uma das principais razões para a tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente é política. Os EUA são muitas vezes acusados ​​de intervir nos assuntos políticos dos países do Médio Oriente, o que alguns consideraram uma tentativa de exercer controlo sobre estes países. Os EUA também estiveram envolvidos em vários conflitos militares regionais, incluindo a Guerra do Golfo e a Guerra do Iraque. Estas intervenções foram vistas como violações da soberania dos países do Médio Oriente e alimentaram até hoje sentimentos antiamericanos. O apoio dos EUA an Israel no seu conflito em curso com a Palestina e o Hamas é outro factor político significativo que contribui para a tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente. Os EUA têm sido um forte apoiante de Israel durante muitos anos, o que levou a críticas dos países árabes que vêem Israel como um estado colonialista e expansionista. Este apoio também tem sido visto como uma legitimação das violações dos direitos humanos cometidas por Israel contra o povo palestiniano, o que alimenta fortes sentimentos antiamericanos.


Fatores Sociais

Fatores sociais como religião e cultura também tem contribuído para a tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente. A influência cultural dos EUA na região tem sido vista como uma promoção de valores em desacordo com os valores tradicionais do Médio Oriente. A propagação da democracia e do secularismo de estilo ocidental tem sido considerada uma ameaça aos valores e tradições islâmicas. Isto alimenta uma reação contra os EUA, com alguns a verem os EUA como uma força cultural imperialista que procura impor os seus valores na região.


As diferenças culturais também desempenharam um papel na tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente. O apoio dos EUA an Israel no seu conflito com a Palestina tem sido visto como uma traição à solidariedade islâmica, o que em suma alimenta sentimentos antiamericanos entre algumas populações muçulmanas. O apoio dos EUA aos regimes autoritários na região também tem sido visto como contrário aos valores americanos da democracia e dos direitos humanos.


As diferenças culturais também estão contribuindo para mal-entendidos entre os EUA e os países do Médio Oriente. A ênfase dos EUA no individualismo e nas liberdades pessoais tem sido vista como egoísta e decadente por algumas populações do Médio Oriente, que dão prioridade aos valores comunitários e religiosos sobre os direitos individuais.


Em conclusão, a tensão entre os EUA e os países do Médio Oriente são uma questão complexa que não pode ser atribuída a um único fator. O petróleo, a religião, o apoio a regimes autoritários, as intervenções militares, a interferência política e o apoio a Israel estão e vão sempre contribuir para a situação atual. A abordagem destas questões exigirá uma abordagem matizada e multifacetada que reconheça a complexa história das relações entre os EUA e o Médio Oriente e trabalhe no sentido de um futuro mais equitativo e pacífico. A meu ver tudo de momento aponta para dias difíceis para a região.


A caixa Pandora da mitologia grega já está aberta e afeita sem dúvidas a humanidade tida. Essa caixa como conta a mitologia, Epimeteu pediu para Pandora sua esposa não abrir a caixa, mas, tomada pela curiosidade, ela não resistiu. Ao abrir a caixa na frente de seu marido, Pandora liberou todos os males que até hoje afligem a humanidade, como os desentendimentos, as guerras e as doenças. Ela ainda tentou fechar a caixa, mas só conseguiu prender a esperança

E a quem mesmo diga que o mundo anda hoje mergulhado em todas as desgraças que continham a caixa tais como as guerras, que para nos em am Angola durou 27 anos, a discórdia, o ódio, a inveja, as doenças do corpo e da alma, como também digamos a falta de esperança. Em face a isso tudo, que tipo de esperança vibra em seu ser hoje? Desespero ou fé em um mundo melhor? O mundo já está em chamas. Tristemente.


*Economista