Luanda – Angola dá mais um passo significativo na área da comunicação com o lançamento da Folha Verde, a primeira revista digital especializada em questões ambientais. A publicação, criada por um grupo de angolanos comprometidos com a preservação do meio ambiente, tem como objetivo revolucionar o modo como são abordadas as questões ecológicas no país, com investigações aprofundadas e reportagens jornalísticas que buscam sensibilizar e mudar a maneira como os angolanos percebem e agem em relação ao meio ambiente.

Fonte: Club-k.net

De acordo com António Francisco, diretor comercial e financeiro da Folha Verde, a publicação tem planos de evolução para uma edição impressa, assim que as condições financeiras permitirem. “Escolhemos o dia 11 de novembro, um marco para o nosso país, o aniversário da nossa independência, para lançar esta revista. Este momento coincide também com o início da COP29 em Baku, no Azerbaijão, um evento global de extrema importância que coloca as mudanças climáticas como tema central. Assim, Angola entra para o mapa com uma nova publicação especializada em meio ambiente", destacou.

 

A Folha Verde se propõe a ser uma plataforma inovadora de jornalismo ambiental, com foco em investigações e reportagens que abordem os crimes ambientais — conhecidos como eco-crimes — que afetam o país. Estes crimes englobam atividades ilegais que causam danos diretos ao meio ambiente, como o desmatamento, caça ilegal e a poluição, seja ela terrestre, aquática ou atmosférica. A revista pretende, portanto, ser uma referência no combate a esses crimes, por meio da investigação minuciosa e da divulgação de dados e informações relevantes.

 

A publicação começará sua jornada digital através do site oficial revistafolhaverde.com, onde será possível acompanhar reportagens sobre crimes ambientais no país e no mundo. De acordo com Francisco, devido ao contexto atual da crise nos meios de comunicação em Angola — marcada por dificuldades políticas e pela queda na arrecadação de publicidade —, a equipe da revista está ciente de que as reportagens investigativas podem levar algum tempo para serem concluídas, uma vez que exigem o uso de jornalismo de dados, mapeamento geográfico e a análise detalhada de registros públicos.

 

"Temos plena consciência de que a reportagem investigativa sobre crimes ambientais é um trabalho demorado, que envolve técnicas apuradas de jornalismo de dados e a busca por fontes e registros oficiais. No entanto, estamos comprometidos em produzir matérias consistentes e rigorosas", afirmou o diretor comercial.

 

Além de focar na realidade angolana, a Folha Verde também abordará questões ambientais de outras partes do continente africano e do mundo, sempre com uma abordagem crítica e informada. "Estamos conscientes de que é fundamental produzir reportagens ambientais robustas, ancoradas no jornalismo de soluções, um modelo que se revela essencial neste momento crítico para o meio ambiente e para o jornalismo no geral", enfatizou António Francisco.

 

A revista reforça o compromisso de seguir rigorosos princípios editoriais, com um trabalho pautado pela objetividade, isenção, rigor e transparência. "Nosso objetivo é informar com verdade, de forma imparcial e responsável, sempre respeitando os princípios fundamentais do jornalismo", concluiu Francisco.

 

Com o lançamento da Folha Verde, Angola dá um passo importante para o fortalecimento do jornalismo ambiental no país, contribuindo para a conscientização sobre as questões ecológicas e o combate à degradação do meio ambiente.