Luanda - Ah, chegou o tão aguardado Dia dos Namorados, essa data mágica em que os angolanos demonstram todo o seu romantismo… e a impressionante capacidade de multiplicação financeira! Porque, sejamos honestos, presente para uma única mulher já não é suficiente para o verdadeiro mwangolé raiz. O angolano que se preze tem de repartir amor – e salário – entre a esposa e as duas namoradas (sim, as amantes), porque ser "machão" dá trabalho e custa caro!

Fonte: Club-k.net

Hoje é aquele dia em que o cidadão comum se transforma num verdadeiro gestor de crise, equilibrando contas, promessas e álibis. Os preços dos perfumes triplicam, os restaurantes ficam lotados e as floristas fazem mais dinheiro num só dia do que muitos funcionários públicos em um mês de salário atrasado. É um espetáculo digno de ser estudado na Universidade do Kixiquila, com uma tese de doutoramento intitulada:

"A Engenharia Financeira do Machão Angolano no Dia dos Namorados".

A Saga do Macho Angolano

O típico angolano trabalhador, que já reza pela antecipação do salário, hoje está na rua, telefone na mão, suor na testa. Por quê? Porque precisa gerir três mulheres ao mesmo tempo! A esposa já ligou a perguntar se vão jantar fora, a amante número um está à espera de uma surpresa, e a amante número dois já mandou aquela mensagem subliminar no WhatsApp:

"O que é meu, está guardado, né amor?"

E é aqui que começa o verdadeiro dilema nacional: quem recebe presente primeiro?

A tática é simples:
✔️ Primeira missão – Jantar com a esposa, porque a sociedade exige.
✔️ Segunda missão – Mandar um Xipati para a amante número um, com a desculpa de que está em reunião importante.
✔️ Terceira missão – Marcar um encontro romântico com a amante número dois para a semana seguinte, com a desculpa de que "amor verdadeiro se celebra todos os dias".

O mais incrível? As amantes aceitam! Ou pelo menos fingem acreditar, porque no fundo já conhecem o esquema todo.

O Mercado Agradece!

Enquanto o mwangolé faz malabarismos, os negócios prosperam:
✅ Mototaxistas a faturar com corridas de última hora para buscar flores e chocolates.
✅ Vendedores ambulantes a encher os bolsos com peluches em forma de coração.
✅ Shopping Xyami mais congestionado que o Porto do Namibe.
✅ Hotéis esgotados desde a semana passada, porque afinal, muitos “compromissos profissionais” terminam em suítes românticas.

E assim, celebramos o Dia dos Namorados à moda angolana: com muita criatividade financeira, jogos de cintura e a eterna esperança de que o salário dure até ao fim do mês. Porque amar é lindo… mas sustentar amor em Angola é que é a verdadeira prova de resistência!