Lisboa - Os manifestantes detidos em 03.Set, Luanda (AM 592), vão ser libertados como forma de “retirar importância” ao assunto e “desanuviar” a situação política e social. A libertação ocorrerá na esteira de decisão judicial baseada em “circunstâncias atenuantes” – inerentes à juventude dos detidos.


Fonte: AM


Entre estes encontra-se um familiar do vice-Presidente, Fernando da Piedade Dias dos Santos, de seu nome Alexandre Dias dos Santos e outro de um ex-alto funcionário da PR , Mário Leonel – Adolfo Campos.


O  julgamento, inicialmente previsto para 06.Set, foi adiado por razões de facto relacionadas como a necessidade de uma “maior ponderação” do assunto e outras, práticas, como uma dificuldade em apresentar provas de alegadas agressões físicas dos manifestantes aos polícias.

 

Polícia pede reforço para conter clima tenso

 

O comandante que coordena a operação de “repressão” contra os populares que se encontram a aguardar pelo anuncio da sentença dos manifestantes,   pediu a intervenção da  PIR- Policia de Intervenção Rápida (estes vieram com quatro carros) com capacetes , armas para lançar gás lacrimogêneo  e escudos para dispersar os presentes. Neste local encontram-se cerca de 180 agentes da policia nacional.


No decorrer da acção, a  policia nacional prendeu  o músico Peter White e mais três jovens que se encontravam a 100 metros do local do tribunal onde esta a decorrer o julgamento das vitimas da repressão de   sábado. Foi também preso  o   responsável do Bloco Democrático, no Sambizanga,  identificado por  Abraão. O mesmo encontra-se na segunda esquadra, onde estão presos o grupo que se dirigia a embaixada norte americana.

 

As forças de repressão  prenderam  igualmente  o jornalista do Jornal Continente , João  Jorge (estava a tirar fotos) e uma jovem mística (distinção não no sentido discriminatório). Os detidos foram afastados na avenida  Amilcar Cabral.