Lisboa - Não obstante, ter sido, criticado, algumas semanas atras, pela linguagem belicista com que se destacou na altura das manifestações, o Ministro do Interior Sebastião Martins é aqui reconhecido pela positiva por ter cumprido com a palavra, a margem de promessa feita quando falava ao programa da TPA de que iria visitar o bairro Calemba II, em resposta a denuncia de um cidadão quanto a realidade criminal naquela circunscrição.
Fonte: Club-k.net
Gesto inédito na política angolana
O governante prometeu ir na madrugada de terça-feira mas acabou por ir quando eram perto das 2h da manha de segunda-feira sem ter dado espaço ao comando provincial da policia para enviar homens e patrulhas para causar impressão ao mesmo.
Na visita relâmpago, o ministro Sebastião Martins constatou que naquele bairro havia apenas uma patrulha da policia que assistia os moradores. Constatou que, na esquadra policial, os agentes haviam prendido um jovem por andar na rua depois das 2h da manha. O Governante questionou o procedimento dos agentes e esclareceu ao responsável da esquadra policial que já não havia recolher obrigatório em Angola. O oficial da policia respondeu que face ao índice da bandidagem no bairro eles impunham aquela “ordem”. O jovem detido, iria ter prova no dia seguinte. O governante ordenou que o liberassem. Encontrou também na esquadra, um senhor que foi detido por ter estado embriagado e que a policia justificou que iria lhe soltar as 6h da manha do dia posterior.
Ainda na visita, o Ministro confrontou-se com moradores que acabavam de sofrer um assalto a porta de casa e que contaram com a assistência da patrulha da policia Nacional.
De recordar que o governante falou no programa da TPA, espaço Livre, em que os telespectadores podiam intervir colocando questões. Um dos intervenientes pediu ao Ministro que apresentante um pedido de desculpas devido a repressão da policia contra manifestantes no dia 3 de Setembro. O Ministro negou que tivesse havido excesso de violência dos efectivos da Policia Nacional. Negou igualmente a presença de elementos da segurança que espancaram os mesmos manifestantes no dia em que foram presos.