Benguela - O antigo primeiro-ministro da Republica da Angola, Marcolino Moco, acusou recentemente em entrevista a imprensa na cidade do Lobito - província de Benguela os Bispos da CEAST – Conferencia Episcopal Angola de estarem a condescender com o presidente da Republica, José Eduardo dos Santos em relação ao caso da extensão do sinal da rádio Ecclésia, um assunto que já se arrasta há mais de dez anos.


Fonte: Club-k.net


Marcolino Moco questiona mesmo qual é o problema dos Bispo em resolver o caso. Não é preciso ir nos tribunais para repor o direito adquirido há muitos anos pela igreja Católica em ter uma rádio de carácter nacional. Os bispos têm autoridade moral no sentido de interceder juntos das autoridades para que se reponha a legalidade, opinou o também Jurista. Para mais adiante acrescentar que a extensão da rádio Ecclesia não é um direito dos Bispos, “como eles pretendem fazer crer” mas sim, do povo angolano que é maioritariamente cristão católico.


O também docente universitário diz ainda que as razões que haviam levado a suspensão das emissões da emissora católica ”monopartidarismo” terminaram há mais de vintes anos, o que por si só deveria justificar a autorização da emissora afecta a igreja católica ter as suas emissões a serem ouvidas por todos os angolanos.


A perplexidade do agora docente universitário aumenta ainda mais quando emissoras homólogas, no caso concreto a “rádio Mais” surgida recentemente no país esteja a emitir em mais de uma província, ou seja, em Luanda, Huambo e Benguela, tendo colocado em causa os “critérios” usados pelo executivo para o efeito.


A concluir, Marcolino Moco desafiou os Bispos e o presidente da República José Eduardo dos Santos a se pronunciarem à noção sobre as verdadeiras razões que estão a impedir a extensão do sinal da rádio Ecclesia em todo país.


A própria igreja daqui a pouco vai começar a ter problemas com o povo, "vai, vai vai", sentenciou.