Luanda -  A UNITA no Huambo ameaça processar judicialmente todas as instituições bancárias que aceitarem efectuar descontos salariais aos funcionários públicos para as quotas do MPLA.


Fonte: VOA


Em conferência de imprensa realizada no Planalto Central, Liberty Chiyaka, representante do maior partido na oposição naquela província, disse que, os trabalhadores da função pública estão a viver uma forte pressão, para assinarem uma ficha que está a circular nas empresas estatais para descontar 1%  de salário, de forma permanente e a tempo indeterminado para as contas do MPLA.


A ficha, de acordo aquele dirigente partidário, é para autorizar ao banco a subtracção do ordenado a favor do partido no poder, ate mesmo quem não milite naquela organização política.


“ Isso é orientação coerciva e se os bancos estiverem a proceder assim nós vamos processar essas bancos” advertiu Chiyaka


Segundo ainda o politico, essa prática agride brutalmente a Lei Geral do Trabalho e demonstra a incompetência dos dirigentes do MPLA em mobilizar os membros do seu partido a quotizarem para organização.

 

“ Esta instrução é ilegal e do ponto de vista jurídico é nula” disse o dirigente da oposição, para quem “ a incompetência não pode justificar actos ilegais e coercivos.”


Fonte: VOA


“ Nós queremos aconselhar o MPLA a ter mais capacidade para sensibilizar os seus militantes e os seus quadros para cotizarem nos locais de residência e não quotizar de forma coerciva.”


Uma nota do  Secretariado Nacional do Sindicato dos Professores ( SINPROF) confirma a existencia de coercção no sector da educação na provincia do Huambo.

 

O documento a que Voz da America  teve acesso, diz que supostamente esta ficha esteja dirigida apenas aos professores pertencentes ao MPLA, mas os directores de forma coerciva estão a exigir que todos assinem a mesma ou declarem em  que partido estão fliados se negarem o acto.


A fonte refere que, esta situação está a gerar muito descontentamento no seio da classe   e é seguida de fortes intimidações, em algumas escolas.


Já, Adriano dos Santos,  secretario-geral da União dos Sindicatos do Huambo e presidente do Sindicato da Educação Cultura e Desporto e Comunicação no Planalto Central, disse que ainda não recebeu  queixas de nenhum dos seus filiados, afirmando que a  sua organização condena o procedimento dos direcores escolares caso seja verdade a denuncia.


“Se os  directores que estiverem  a coagir  é condenável. Não há obrigação de todo o funcionário pagar quota ao partido.”


Por seu turno, o Sindicato Nacional dos Professores  recorda na sua nota que,  ao professor já é descontado 2 por cento para o sindicato criado pelo governo do Huambo  e 3% para segurança social , mais o Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT), alem dos  descontos arbitrarios quando um professor falta ao comicio ou as marchas promovidas pelo MPLA.


Entretanto, a VOA tentou ouvir a recção do MPLA , mas este prometeu se pronunciar na devida altura.