Cabinda – Agentes da Polícia Nacional em Cabinda atingiram, com pontapés a barriga de uma mulher grávida, Margareta Antunes Bungo, de 30 anos deidade que fazia parte da greve dos enfermeiros que a província observa. O sucedido aconteceu ao final da manhã de sábado tendo a senhora acabado por perder o bébé, no local da manifestação.
Fonte: Club-k.net
Por ter participado na greve dos enfermeiros
Outros grevistas foram igualmente agredidos, com poretes e jactos de água quente pela Policia Nacional, em frente a residência do Bispo. O líder do sindicato na província Manuel Guilherme Tati Macia foi inicialmente preso tendo sido libertado após “ordens superior”.
Agressão da policia sobre os grevistas em Cabinda aconteceu no momento em que o Vice-Ministro da Saúde, Carlos Masseca se encontrava na província para as comemorações do “4 de Fevereiro”. Constava na agenda do governante a inauguração do hospital “Alzira Fonseca” situado no Município do Buco Zau que acabou por não se concretizar por não haver ambiente de trabalho no sector da saúde.
De regresso a Luanda, numa das salas do aeroporto de Cabinda, o o Vice-Ministro da Saúde recebeu representantes do grevistas, donde depois se decidiu a libertação dos que estavam detidos pela polícia.
De igual modo, um funcionário da administração hospitalar na província, Sebastião Artur Marques deixou, na sexta feira ultima, uma mensagem nas redes sócias, relando o seguinte episodio:
“Esta manhã o Hospital Provincial de Cabinda acordou com um forte aparato policial para tentar dispersar os grevistas que têm aquela unidade como base central para as suas reivindicações, pois ninguém poderia entrar vestido de negro naquela unidade.”
“Os trabalhadores que fizeram noite não foram rendidos porque a maior parte dos enfermeiros usa a roupa negra quando não esta de serviço para simbolizar que estão de LUTO, como consequência houve o abandono total dos serviços por parte dos enfermeiros que passaram a noite de serviço.”
“A Direcção do Hospital teve que socorrer-se junto do Hospital Militar para mandar enfermeiros militares para poderem cobrir a lacuna registada.”
“Os técnicos da saúde manifestaram-se nas instalações da UNTA, e como sempre muitos cânticos de luta e palavras de ordem como: “ Negociações sim mas com o Secretário não, A nossa greve é muito legal e Deus Esta connosco, e outras”.
“Haver vamos até onde vai este braço de ferro entre o Governos local que é descrito como incompetente por não saber gerir a situação e os trabalhadores que acham que os seus direitos são violados sistematicamente”, fim de citação.