Luanda - Por representar os 'Palancas Negras' na CAN 2006, o antigo internacional foi sancionado pela FIFA, devido a acusação do seu antigo clube, Qatar SC, que alegava não lhe ter dado a dispensa.

Fonte: Sapo

Fabrice de Alcebíades Maieco “Akwá” sente-se injustiçado e abandalhado pela Federação Angolana de Futebol (FAF), que não o ajuda a resolver o problema na Federação Internacional, uma vez que não foi castigado por indisciplina.

 

Em entrevista à revista ABC Angola, o deputado e antigo capitão da selecção angolana, fez saber que apresentou as provas que contrariam as acusações feitas pelo Qatar SC, que diz não ter dado dispensa para que o jogador representasse a sua seleção na CAN 2006.

 

Com isso, lamentou o facto de a situação não ter a devida atenção por parte da Federação Angolana de Futebol, órgão que não está a fazer sentir o seu verdadeiro nome na Federação Internacional.

 

“Por eu vir defender a bandeira do país como patriota fui vítima de uma sanção”.

 

Mesmo assim, o antigo rei dos golos acrobáticos, vulgo bicicleta, adiantou que tem feito muito para que a situação seja resolvida. Contudo, espera pelo pronunciamento da FIFA, face aos recursos entrepostos e que comprovam a sua dispensa.

 

Como problema já dura há mais de uma década, o acusado sente-se preso pelo facto de ter muitas limitações para liderar, concorrer e exercer cargos em órgãos desportivos filiados na Federação Internacional.

 

Quanto ao atual estado do futebol em Angola, o antigo jogador diz que a situação está a piorar e, para que melhore, defende uma maior aposta na formação. Fabrice avançou ainda que já esteve melhor, embora em piores condições para os jogadores.

 

Porém, Akwá revelou que não queria pendurar as botas tão cedo e acrescentou: “Ninguém termina a carreira por vontade própria”.

 

Nesta altura, o fundador da Associação Kandengues Habilidosos está concentrado no projeto “A Bola no Musseque”, cujo objectivo é descobrir e atrair novos talentos do futebol para contribuir na massificação e formação do desporto rei.

 

Akwá vestiu a camisola dos 'Palancas Negras' em 80 ocasiões e marcou cerca de 40 golos, um dos quais sendo mesmo considerado o mais importante da sua carreira e da história do futebol angolano, por ter garantido o apuramento para o Mundial de 2006, que decorreu na Alemanha.

 

Formado no Nacional Benguela, a antiga estrela jogou no Benfica, Alverca, Académica de Coimbra, Qatar SC, Al-Wakra, Al-Ittihad, Al Gharaffa e encerrou a carreira no Petro de Luanda, em 2009.