Luanda – O presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, garantiu nesta quarta-feira, 13, que o seu partido vai processar o Tribunal Constitucional (TC), por calúnia e difamação da organização política que dirige.

Fonte: Club-k.net
Em causa está o Acordão do TC em relação ao recurso apresentado pelo PRS sobre os resultados eleitorais de 23 de Agosto. No acordão em referência em que o TC, considerou improcedentes as alegações dos renovadores, aquele organismo de Justiça, faz referência de que nos documentos de prova apresentados pelo PRS há fortes indícios de falsificação.

Benedito Daniel referiu que quanto a alegação do TC sobre a alegada falsificação que considerou em ralação a supostas actas operacionais rasuradas, é impossível tal acontecer porque se não, seria invalidade na mesa da assembleia de votos.

“A questão que é alegada pelo TC sobre falsificação é rasuramento das actas, não existe a mínima possibilidade de rasuramento das actas, elas vieram com autenticidade e em nenhum momento pode ser rasurada, porque caso tenha acontecido ele poderia ser invalidade na mesa, não há essa possibilidade de se remeter actas rasuradas”, disse o político.

O presidente do PRS referiu ainda que o seu partido reuniu provas em actas operacionais de onze províncias “aquelas em que constatamos a disparidade da contagem, como as províncias de Cabinda, Cuanza Norte, Huambo, Cuando Cubango, Lunda Norte, Lunda Sul, Malanje, Luanda e a do Uíge. Remetemos actas operacionais autenticas ao TC, e nós ficamos com as cópias”, disse, acrescentando não existirem margem para quaisquer fraudes.

Quanto a suposta duplicação de acta operacionais, o líder dos federalistas referiu não existir “qualquer possibilidade para tal”, pois “em cada mesa de voto os partidos apenas um delegado”, referiu.

“A única possibilidade de duplicação que teríamos, seria o de ter dois delegados na mesma mesa o que é impossível, portanto não há a única possibilidade de duplicação, se houve duplicação só pode ser trabalho da CNE, que eventualmente teria de ficar com a outra acta para efeito de contagem” acusou.

Benedito Daniel disse acreditar que o Acordão que têm em posse não tenha vindo do TC por entender não ser o espírito de um órgão de justiça. “O acórdão que temos presente até agora não consideramos que tenha vindo do TC, acreditamos que este acordão é uma encomenda feita por forças ocultas apenas com a intenção de manchar o bom nome do PRS”, delatou.

O PRS, disse Benedito Daniel, entende que o “ TC deve dirimir os litígios e não colaborar para manchar o bom nome de um partido consequente consistente e que contribuiu bastante para a democracia em Angola”.

O líder do PRS considera que o seu partido está ilibado de culpa e não irá se compadecer com calunias e difamação que só visam manchar o seu bom nome.

As eleições de 23 Agosto, teve como vencedor o partido MPLA com 61, 07% dos votos o que lhe permitiu eleger 150 dos 220 deputados à Assembleia Nacional e o seu cabeça de lista João Manuel Gonçalves Lourenço como o Presidente da República, sendo que Bornito de Sousa Baltazar Diogo e número dois na lista do MPLA foi eleito Vice-presidente da República.