Um dos mais antigos governadores provinciais no país, Pedro Mutinde terá usado como pretexto para não se deslocar ao aeroporto ao encontro de Samakuva, uma ida a Lisboa. Mas fontes na província garantiram que ele não se havia ausentado. A fim de substituí-lo, o governador do Cunene indigitou um dos vice-governadores, Jerónimo Halengue, mas este também recusou encontrar-se com o presidente da Unita, que pretendia apenas apresentar cumprimentos de cortesia. Halengue alegou que não dispunha de tempo para receber o líder do maior partido da oposição no país.

 «Sabes que quando vamos a estes locais temos de apresentar cumprimentos aos governadores por uma questão de cortesia, enquanto autoridades destas províncias. Mas, no Cunene, o vice-governador disse que não tinha tempo para nos receber, enquanto o governador terá ido a Lisboa. Mas aqui dizem o contrário», desabafou Samakuva. Por outro lado, além de não ter sido recebido por nenhuma alta entidade da província, no dia em que chegou ao Cunene, Isaías Samakuva confrontou-se com outra situação igualmente vexatória.

Segundo apurámos, por ter sido inesperadamente encerrada a sala de protocolo do aeroporto local, o presidente daUnita teve de permanecer, no dia em que deveria ir a Luanda para um eventual encontro com Nicolas Sarkozy, mais de 35 minutos dentro de uma viatura à espera do avião que o levaria à capital do país.

Fonte: SA