Luanda - O Vice-Procurador-Geral de Angola para a esfera militar e procurador militar das forças armadas, General Adão Adriano António (na foto) é acusado de ter participado num esquema que teria defraudado o dono de um terreno e de posteriormente ameaçar o proprietário do mesmo. O general nega veementemente as acusações.

*Coque Mukuta
Fonte: VOA

Tudo começou em 2012 quando o mecânico de automóveis Mateus Francisco António João colocou à venda a sua quinta no perímetro agrícola na zona da Via Expressa, por 800 mil dólares.

Para a venda António João contactou o General Adão Adriano António, a quem tinha como tio.

Foi então que Baptista Mateus Ganga , proprietário da empresa Gru Matififi, se mostrou interessado não em comprar o terreno mas em estabelecer uma parceria para a construção de um condomínio de 30 casas.

A Voz da América teve acesso ao contracto de parceria em que se especifica que o General Adão Adriano António beneficiaria de duas casas enquanto intermediário.

Passado 6 anos Mateus Francisco António João diz não ter recebido nenhuma residência mesmo com toda documentação que tinha sido reconhecida e acusa o general de estar envolvido na burla da referida quinta.

Joao acusa ainda o seu antigo parceiro Baptista Mateus Canga e o General Adão Adriano António de o intimidarem e ameaçarem de morte a sua família

A VOA Contactou o general Adão Adriano António Vice-Procurador Geral da República que sem gravar entrevista disse não ser verdade as informações prestada pelo proprietário da quinta e que se tinha envolvido na questão apenas para o ajudar.

Por seu turno Batista Mateus Ganga diz ter sido ele próprio enganado por Mateus Francisco António João.

Ganga afirma que António João não era na verdade o dono da quinta que pertencia na verdade ao cidadão Miguel Lauriano que vivia no exterior do país.

Ganga diz que a sua empresa teve que pagar milhões de Kwanzas para evitar a destruição das casas