Lisboa – O PCA do banco angolano BPC, Alcides Horácio Frederico Safeca, aprovou no passado dia 18, o orçamento de 15 milhões de euros para as despesas do projecto de implementação de um novo software bancário (Core Bancário Fusion Banking) que deverá ser instalado num prazo de 18 meses.

Fonte: Club-k.net

Um milhão de euros  para a viagem dos técnicos 

O Banco, por intermédio de uma ordem de serviço 108/18, justifica tais despesas por haver a “necessidade de se proceder a formalização dos projectos do programa de modernização dos sistemas de informação (PMSI), formalizado num outro documento aprovado em Março do corrente ano.”

 

De acordo com o que apurou o Club-K, o novo “software informático” do BPC, deverá ser comprado através da firma inglesa FINASTRA, e contará também com a prestação de serviços dos técnicos indianos da internacional PSPL e de um outro parceiro externo a DELOITTE.

 

O PCA do Banco decidiu que o total das despesa de € 15. 600. 529, 53, fossem repartidas em quatro pontos a saber:

 

- € 10  942 526, 31, para serviços de consultoria e formação pela DELOITTE, que é parceira da FINASTRA
- € 3 200 000, 00 para pagamento das licenças do software a FINASTRA
- € 1 466 003, 23 para despesas de viagens e estadias dos técnicos

 

Para além dos preços astronômicos para este projecto, analistas abalizados, entendem haver também contradição, uma vez que é o próprio banco que anunciou recentemente cortes, redução de custos, e demissão de pessoal, devido aos custos, e agora surge com a aprovação de despesas de 15 milhões de euros   para instalação de um programa informático.