Luanda – Cerca de 30 garimpeiros morreram soterrados numa mina artesanal de ouro, após desabamento, na madrugada desta sexta-feira, 15 de Março, na localidade de Chiwele, no município de Chipindo, província da Huíla, soube em primeira-mão o Club K junto de uma fonte fidedigna que se encontra no local.

Fonte: Club-k.net
As vítimas foram surpreendidas por um desabamento de terra num túnel através do qual extraíam ouro em "condições extremamente perigosas", devido à humidade dos solos. Neste preciso momento a polícia nacional e as entidades locais estão a caminho do local do incidente a procura de sobreviventes.

 

De acordo com a nossa fonte, devido a realização da “Operação Resgate” pela polícia nacional, os garimpeiros de ouro passaram a realizar as suas actividades na calada noite. Em Janeiro de 2018, um dos jornais privados angolano noticiara sobre o mau o clima que havia se instalado entre a administração municipal do Chipindo e a população devido a exploração artesanal de ouro.

 

Na altura, o administrador municipal do Chipindo, Daniel Salupassa, declarou que não é possível legalizar ou licenciar pessoas particulares e associações que se dediquem à exploração de ouro no município, pelo facto de as mesmas não possuírem as condições exigidas por lei.



Os supostos exploradores artesanais dizem estar a ser perseguidos pela Polícia Nacional e alguns efectivos das Forças Armadas Angolanas (FAA) que se encontram na zona mineira de Carmoloy, a mando do administrador municipal.

 

Questionados sobre a sua situação legal junto do Ministério da Geologia e Minas, os queixosos responderam que não estão legalizados porque o administrador não deixa, tudo porque “a Polícia e os militares” estão a explorar para o administrador municipal. “Nós não estamos licenciados para o exercício porque o próprio administrador não deixa. Muitos dos nossos irmãos foram espancados, outros foram presos, está lá um grupo de polícias e militares que dizem ser guardas, mas afinal estão a explorar para o administrador municipal”, denunciou Mateus Tchitekulo.

 

Visando repor a harmonia entre os munícipes e a administração municipal do Chipindo, os exploradores artesanais defendem a criação de Associações e Cooperativas que sejam reconhecidas pelo Governo para o exercício da actividade de exploração no município do Chipindo.

 

Por sua vez, o administrador municipal revelou que não é possível legalizar ou licenciar pessoas particulares e associações que se dediquem à exploração de ouro no Chipindo pelo facto de as mesmas não reunirem as condições exigidas por lei.

 

Outrossim, em Dezembro do ano transacto, o Executivo angolano anunciava ao mundo que a exploração de ouro no município de Chipindo seria retomada em Janeiro de 2019. Na presença do governador da Huíla, Luís Nunes, o administrador do Chipindo garantiu à imprensa que os trabalho de propsecção, em 2017, está-se na fase final de um estudo de viabilidade económica, sendo que a Ferrangol assegura que tem as condições criadas para o arranque do processo de extracção.

 

Segundo ele, a empresa que vai efectuar a exploração da mina foi devidamente legalizada, na perspectiva de que possa promover o desenvolvimento que se pretende à região, uma vez que durante o período colonial extraiu-se ouro na comuna do Bambi.

 

Já o director-geral de projectos da mineira Demang-SA, a empresa encarregue da exploração do ouro, João Nunes, afirmou que foram feitos trabalhos de prospecção numa área de 67 mil hectares, correspondentes a 674 quilómetros quadrados, como consequência de um investimento estimado em cinco milhões de dólares que serviu para a compra, a partir da África do Sul de equipamentos que estão a ser montados no local.

 

Fez saber que o projecto contará apenas com uma linha para produzir 100 a 150 gramas por hora com tecnologia de ponta, quer a nível da centrífugas, como de refinamento para se ter o máximo de aproveitamento possível. Assegurou que vai envolver alguns aspectos sociais nomeadamente apoiar o governo na melhoria das vias, limpeza junto do município de Chipindo, abastecimento de água.

 

Com uma superfície territorial de três mil e 898 quilómetros quadrados, o município de Chipindo, que dista a 456 quilómetros a norte do Lubango, tem uma população estimada em 64.714 habitantes, o que corresponde a uma densidade de 17 habitantes por quilómetros quadrado.

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