Luanda - O Executivo Angolano definiu como prioridade a redução do impacto da pobreza extrema de 36 para 25 porcento, correspondendo retirada de cerca de três milhões de cidadãos da condição de pobreza de 2018 a 2022, disse a ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves. Comparativamente aos anos 1990 a 2015, a redução do impacto da pobreza foi de 69 para 36, 6 porcento. 

Fonte: Angop
De acordo com a governante, que falava quarta-feira, em Luanda, durante a "1ª Reunião da Unidade de Acompanhamento e Supervisão do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza", para se alcançar este desiderato é importante estabelecer parcerias multilaterais com organizações não-governamentais e entidades privadas para intervenção a nível local, pois o combate terá que ser encarado como uma tarefa de todos.

Para a ministra, é ainda fundamental reforçar a orientação técnica-metodológica na elaboração de projectos viáveis e o respectivo plano de acção em cada município, acompanhar e fiscalizar a execução física e financeira dos projectos inseridos nos planos municipais de acordo aos indicadores e metas alinhados com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.

Nesta senda, o Governo está a implementar Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza, que vai impulsionar a inclusão produtiva de agregados familiares com a criação de oportunidades nas zonas rurais nos domínios da agricultura, pescas, transformação local da produção, dinamização do comércio, reabilitação das vias de acesso e formação profissional.

Orçado em 108 milhões 930 mil e 890 kwanzas para escolas, centro de saúde, este programa prevê ainda a implementação de acções destinadas aos grupos em situação de extrema pobreza e a promoção do desenvolvimento local e elevação do padrão de vida dos cidadãos através de transferências sociais, além de 81 milhões 698 mil para os sectores da agricultura, pecuária, pesca, hidráulica e engenharia.

Para promoção social à formação e capacitação feminina (empoderamento da mulher rural), o programa vai consumir 76 milhões 251 mil e 623 kwanzas, bem como 49 milhões 18 mil e 900 kwanzas para os cuidados primários de saúde (campanhas de vacinação, medicamentos, genéricos e materiais gastáveis).

Estes valores são subtraídos dos 544 milhões 654 mil e 452 kwanzas, montante total do orçamento municipal 2019 em que estão previstos, de igual modo, para infra-estruturas rurais, água e saneamento, cidadania (Bilhete de identidade, certificado de pobreza e cédulas), entre outras despesas administrativas.