Luanda - O ex-deputado e capitão dos Palancas Negras não trabalha como profissional de futebol por estar sancionado pela FIFA há dez anos, devido àquele seu antigo clube que alegava não lhe dar a dispensa para representar a selecção.

Fonte: SAPO

Fabrice de Alcebiades Maieco, mais conhecido como Akwá, precisa de pelo menos 260 mil dólares, cerca de 82,5 milhões de kwanzas, para pagar a multa no Qatar SC.

 

“Eu fui castigado porque vim representar a selecção. O clube não queria que eu viesse e no meu regresso levou o caso à FIFA. Se o Gelson Dala amanhã disser que não virá representar a selecção, vão dizer que não é patriota”, atirou o angolano de 42 anos.

 

Akwá revelou publicamente que na altura em que decorriam os preparativos para o CAN 2010, realizado em Angola, foi orientado para ir à Federação Angolana de Futebol (FAF) e falar do seu caso com o Alves Simões, actual presidente do Interclube. “Ele tinha ordens para resolver a situação. Voltei a encontrar-me com o General N’dalo num outro dia, perguntou-me se já estava resolvida a minha situação e eu disse que não. Até hoje!”

 

Além disso, fez saber que já teve em alguns encontros com as direcções da FAF e Ministério da Juventude e Desportos, onde abordaram o caso, mas sem nenhuma conclusão. “Dizem que já se criou uma comissão para resolver a situação, mas a verdade é que o tempo vai passando e até hoje nada feito. Há pessoas que não querem ver o caso do Akwá resolvido”, lamentou.

 

Akwá considerou também falsa a informação do seu antigo clube e justificou-se que, na altura, para sair do Qatar teria de ter um documento como se fosse um visto de saída. Porém, avançou que a direcção daquele clube muitas das vezes escondia a sua convocatória para representar a selecção.

 

Para evitar isto, chegou a usar fax em sua casa. E quando recebia a convocatória por esta via, de seguida, levava para a direcção do Qatar SC, que também recebia pela mesma forma.

 

De recordar que na altura em que o ex-jogador foi sancionado pela FIFA, marcou o único golo do desafio frente ao Ruanda, em Kigali, que qualificou os Palancas Negras para o Mundial de 2006, decorrido na Alemanha.

 

Akwá começou a carreira profissional em 1992 no Nacional de Benguela. Passou pelas equipas portuguesas como Sport Lisboa e Benfica, Alverca e na Académica de Coimbra. No Qatar também jogou nas equipas do Al-Wakra, Al-Gharafa e encerrou a carreira no Petro de Luanda, em 2008.