Lisboa – O activista e investigador Nuno Álvaro Dala denunciou no passado dia 18 de Maio, possíveis valas comuns na Província da Lunda Norte onde são atiradas corpos de pessoas torturadas e executadas. A denuncia são acompanhadas de imagens chocantes de cadáveres, que a população local alega ser “trabalho” da Polícia Nacional.


*António Gonçalves
Fonte: Club-k.net

Ativista quer investigação; MININT diz  que as imagens são falsas

O ativista opta por não fazer quaisquer acusações, a ninguém, uma vez que as autoridades nunca assumem as execuções praticas pela Polícia Nacional de forma a preservar a imagem da instituição. Pelo contraria convida os órgãos competentes a fazerem uma investigação para a descoberta dos autores de tais assassinatos.

 

As imagens anexas, segundo Álvaro Dala retratam cadáveres descobertos nas últimas 36 horas, na localidade de Calonda, imediações de Lucapa, Província da Lunda Norte.

 

“Os dados recolhidos junto de cidadãos locais indicam que os referidos cadáveres são de pessoas torturadas e mortas por agentes da Polícia Nacional e operativos de empresas de segurança privada”, escreveu Nuno Álvaro Dala, nas redes sociais.

 

Para o também docente universitário “Independentemente da validade das declarações recolhidas, todas indicando que dezenas de corpos foram "enterrados" em valas comuns, é mandatário que a Procuradoria Geral da República e o SIC procedam às devidas investigações a fim de serem apuradas as causas das mortes, os autores das mesmas bem como serem despoletadas as diligências judiciárias em ordem a que os responsáveis da barbárie recebam o devido tratamento em sede de justiça.”

 

“É inaceitável que o País continue a ser palco de barbaridades e silêncios cúmplices por parte das entidades e instituições cujas responsabilidades devem ir para além das meras promessas de investigar”, disse.

 

O Club-K, sabe que a Polícia Nacional já tomou conhecimento da denuncia, porém ao invés de avançar com uma investigação, optou por reagir via pagina do “facebook”, do Ministerio do Interior dando as imagens como falsas.

 

De recordar que em 2012, a Polícia Nacional havia executado dois ativistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule. Durante muito tempo as autoridades negaram autoria destas execuções. No local onde os agentes confessaram ter assassinado Alves Kamulingue, foram encontrados ossadas de pessoas anonimas também executados pelas Polícia Nacional.